O Instagram não deu detalhes dos problemas, mas pediu desculpas e disse que estava buscando a solução. Por volta de 12h, a normalidade foi restabelecida. Mas antes disso, grandes criadores de conteúdo como Juliette chegaram a registrar perdas expressivas de seguidores, no caso dela, mais de 400 mil. Apesar de ser um erro momentâneo, o ocorrido reforça a necessidade da creator economy evoluir para dinâmicas onde os creators tenham cada vez mais autonomia e controle de seus conteúdos e comunidades.
Leia mais: De olho na creator economy, influenciadores buscam novas receitas
“A eventual perda de seguidores dos influenciadores por conta desses ajustes, na minha opinião, não impacta em nada na dinâmica. Inclusive a mensuração de poder de influência hoje é feita muito mais a partir de quanto gera de tráfego e engajamento do que de maneira quantitativa”, explica Bruno.
Leia mais: Os desafios da creator economy, segundo o CEO da Black Influence
Flávio Santos, CEO e cofundador da MField e autor do livro Economia da Influência, destaca que “não é de hoje que temporariamente a plataforma faz uma limpa na sua base de perfis inativos e remove milhões de usuários. Mas nessa segunda-feira vimos uma situação atípica. Além dessa limpeza de rotina de @s, algumas contas foram removidas por engano e gerou um desespero generalizado. Isso nos dá a certeza que os creators precisam apostar em multiplataformas e criar conteúdo transmídia”, analisa.
Já Rafael Coca, co-founder e CSO da Spark, entende que, do ponto de vista técnico, quem deva se posicionar e orientar os usuarios é a plataforma. “Sob a ótica de impacto, a avaliação que fazemos sempre ao analisar e indicar um influenciador são com dados quantitativos, como o potencial de engajamento. Neste contexto, pesa diretamente a quantidade de seguidores reais e que interagem com a conta. Portanto, se de fato o que está ocorrendo é a desativação de perfis inativos, a única coisa que muda é a métrica de vaidade, chamada de quantidade de seguidores. Mas isso é apenas um ponto de partida para a avaliação de métricas mais profundas”, explica Rafael Coca, co-founder e CSO da Spark.