Instagram é a rede mais consumida no Brasil, mas declínio preocupa Big Techs

28 de março de 2023
Getty Images

Em média, o usuário brasileiro do Instagram passa 14.44 horas mensais na plataforma

O Instagram segue como a rede social mais consumida no Brasil. De acordo com novo levantamento da ComScore, que mapeia o tempo que as pessoas destinam às redes sociais, a plataforma de fotos e vídeos curtos da Meta aparece em primeiro lugar sendo responsável pelo destino de 14.44 horas mensais dos brasileiros. Em seguida vem o YouTube, com 12.22 horas e o TikTok, com 09.27 horas. Também de propriedade da Meta, o Facebook, que liderou o ranking por alguns anos, demanda, atualmente, 09.08 horas mensais dos usuários brasileiros.

Destaque do levantamento, o Kwai, rede chinesa que concorre diretamente com o TikTok, tem 07.16 horas por mês, uma diferença relevante se comparada ao Twitter que vem em seguida com 02.49 horas. O LinkedIn e o Pinterest ficam, respectivamente, com 40 e 28 minutos. Outro levantamento, da Dazed Estúdio, reproduzido no Brasil pelo site The Summer Hunter, mostrou o início preocupante de um eventual “declínio das redes sociais”. De acordo com a pesquisa, isso se deve à insatisfação das novas gerações com as empresas de tecnologia que operam as plataformas.

Além disso, a Dazed também mostra, em seu levantamento que, apesar do aumento de consumo de tela, em geral, a faixa de 19 a 25 anos, vem reduzindo essa presença. Posicionamento mais crítico das novas gerações quanto à maneira como essas redes usam os dados de usuários, além de temas como saúde mental, aparecem com bastante relevância para os consumidores de redes. Esse contexto, inclusive, é fruto direto da atual crise de algumas das principais empresas de tecnologia, as chamadas Big Techs.

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Algumas das maiores empresas de tecnologia do mundo demitiram mais de 150 mil trabalhadores nos últimos meses. As companhias envolvidas apresentaram uma variedade de razões para a necessidade disso, o que basicamente se resume em uma demanda em reduzir custos com a diminuição do crescimento econômico global.

Da mesma forma, a empresa dona do Google, a Alphabet, divulgou planos para reduzir 12 mil funcionários – um corte de 6% da sua mão de obra. Sundar Pichai, o CEO da empresa, havia descrito a inteligência artificial como a tecnologia mais inovadora de todos os tempos e que, com os layoffs, a estratégia seria direcionar os talentos e capitais às prioridades mais altas. Juntas, quatro das maiores companhias de tecnologia – Meta, Alphabet, Amazon e Microsoft – cortaram 50 mil empregos. Ao mesmo tempo, Elon Musk, o novo CEO do Twitter, demitiu metade dos funcionários da empresa que assumiu no ano passado. Na semana passada, a Meta anunciou a demissão de mais 10 mil funcionários.