Criada em 2019 por Jack Dorsey, fundador e ex-CEO do Twitter, a Bluesky virou assunto durante o sábado, 22, após a notícia de que, agora, além do iOS, a plataforma também está disponível para Android. Assim que renunciou ao cargo de CEO do Twitter, em novembro de 2021, um ano antes de Elon Musk comprar a rede, Dorsey passou a dedicar parte relevante de seu tempo a evoluir a plataforma.
Para muitos, ela é, naturalmente, uma concorrência direta ao Twitter, principalmente para os usuários brasileiros. Por enquanto, a rede segue em fase de testes e para acessá-la é necessário ter um código de convite para acesso. Existe uma segunda alternativa que é a lista de espera disponível na página da plataforma. Na última quarta-feira, 19, a Bluesky, que já estava disponível para usuários de iOS também tornou-se uma opção para quem utiliza Android.
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A hashtag #bluesky ganhou força no sábado, 22, após alguns usuários brasileiros conseguirem acesso. No blog oficial, a empresa afirma que a Bluesky “combina filtragem automática de conteúdo e curadoria humana”. Muitas das funções são parecidas as do Twitter o que inclui publicações em texto, de até 256 caracteres, além de imagens. Por enquanto, vídeos e áudios não estão disponíveis na dinâmica da Bluesky.
Qual o diferencial da Bluesky?
Um dos diferenciais da Bluesky em relação a outras plataformas é a promessa, desde sua criação, de ser uma rede descentralizada. Na prática, isso significa que várias outras redes possam interagir com os usuários da Bluesky por meio de código aberto. Em 2022, a Bluesky lançou o Authenticated Data Experiment (ADX), um protocolo que permite aos usuários compartilhar mensagens em redes sem afetar a moderação da rede.
A Bluesky chegou a ser um projeto dentro do próprio Twitter. Em novembro de 2021, o chefe da divisão de blockchain da plataforma comprada por Elon Musk, renunciou. Após a compra do Twitter por Elon Musk, a Bluesky recebeu US$ 13 milhões e passou a operar de forma independente.
Confira seis momentos marcantes de Jack Dorsey no comando do Twitter:
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Getty Images Primeira saída do comando
Em 2008, Jack Dorsey foi afastado da presidência do Twitter, na época, o Conselho entendeu que ele se dedicava mais a outros projetos do que à empresa. -
Lucas Jackson/Reuters Reinventando o formato
Em maio de 2016 e na tentativa de atrair novos usuários, Dorsey anunciou que o Twitter não contaria fotos e links no limite de 140 caracteres para liberar mais espaço para texto. -
Anushree Fadnavis/Reuters Problemas internos
No mês de novembro de 2016, foi brevemente suspenso de sua conta no Twitter com 3,9 milhões de seguidores. Depois de restaurá-la, avisou que foi um “erro interno”. -
COLE BURSTON/BLOOMBERG Testemunha no Senado
Em setembro de 2018, testemunhou perante o Comitê de Inteligência do Senado, juntamente com a diretora operacional do Facebook, Sheryl Sandberg, sobre o impacto das plataformas de tecnologia na eleição presidencial de 2016. -
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ReproduçãoForbes Lado filantrópico
No mês de abril de 2020, anunciou a doação de US$ 1 bilhão para o combate ao Covid-19. -
Victor Boyko/Colaborador/Getty Images Entusiasta de NFTs
Em março de 2021, vendeu seu primeiro tuíte por pouco mais de US$ 2,9 milhões como NFT, da sigla em inglês token não fungível.
Primeira saída do comando
Em 2008, Jack Dorsey foi afastado da presidência do Twitter, na época, o Conselho entendeu que ele se dedicava mais a outros projetos do que à empresa.