Estúdios brasileiros devem movimentar R$ 250 milhões em 2023
Luiz Gustavo Pacete
Apresentado por
19 de maio de 2023
Getty Images
Levantamento da Abragames mostra que há cerca de 12.441 pessoas trabalhando com desenvolvimento de games no país
O Brasil enviou, em março deste ano, uma comitiva de 43 estúdios nacionais que foi para a Game Developers Conference (GDP), um dos maiores eventos de games do mundo que ocorre anualmente em San Francisco, na California. Como resultado de negócios da viagem, a Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos (Abragames) estima que as empresas brasileiras do setor fechem R$ 250 milhões em negócios até o fim deste ano.
“O ano de 2023 tem sido extremamente importante para a indústria brasileira de games. Mais do que a homenagem que será feita ao país pela Gamescom, em agosto, na Alemanha, e a superação das metas de contratos firmados na GDC 2023, estamos conseguindo mostrar ao mundo o potencial que o Brasil tem no setor. As perspectivas são ainda melhores para os próximos meses”, disse Rodrigo Terra, presidente da Abragames.
De acordo com Eliana Russi, diretora de operações do Brazil Games, o evento foi fundamental para colocar o Brasil no radar dos grandes investidores internacionais. “A nossa comitiva estabeleceu mais de 800 novos contatos e se encontrou com potenciais parceiros que demonstraram um enorme otimismo em relação ao conteúdo que está sendo desenvolvido no Brasil”, comentou Eliana.
Êxito da indústria brasileira de games
O mercado brasileiro de games tem motivos para comemorar. O número de estúdios nacionais em atuação subiu de 375, em 2019, para 1009 em 2022, crescimento de mais de 160%. Essa é a constatação de uma pesquisa inédita publicada pela Abragames, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (ApexBrasil), a Pesquisa Nacional da Indústria de Games.
Em relação à diversidade dentro dos estúdios brasileiros, o levantamento mostra que há cerca de 12.441 pessoas trabalhando com desenvolvimento de games no país, sendo 29,8% mulheres. Nas pesquisas de 2018 e 2014, essa mesma fatia representava apenas 20% e 15%, respectivamente. Além disso, mais da metade das empresas brasileiras (57%) afirmam ter uma força de trabalho diversa, com transexuais, idosos, estrangeiros, refugiados, portadores de deficiência, pessoas pretas, pardas ou indígenas.
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