A ascensão do Manchester City é resultado da força da Premier League e dos altos investimentos realizados por seu proprietário, Sheik Mansour, de Abu Dhabi, que comprou o clube em 2008 por 210 milhões de libras. O clube está no topo da lista dos times mais ricos do mundo, com uma receita anual de 731 milhões de euros (cerca de R$ 4 bilhões) na temporada de 2021/22, conforme o levantamento da “Football Money League”.
Por outro lado, o Inter de Milão ocupa o 14º lugar, com um faturamento de 308,4 milhões de euros (R$ 1,7 bilhão). O clube enfrentou dificuldades devido à queda do futebol italiano. A “Série A” italiana, que já foi considerada a “Meca” do futebol, hoje é vista como a “série B” do futebol europeu, devido a uma série de escândalos, estádios obsoletos e à falência de alguns clubes. Desde a sua aquisição pelo conglomerado chinês Suning Group em 2016, o clube tem buscado crescer esportivamente, apesar dos prejuízos financeiros.
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No início dos anos 2000, o Inter de Milão tinha uma posição de destaque, mas a virada ocorreu a partir de 2011. Com os novos contratos televisivos da Premier League, e um investimento significativo de mais de 1,6 bilhão de euros, o Manchester City mudou de patamar.
Em 2009, por exemplo, na final disputada entre Barcelona e Manchester United, outro clube inglês, mas sediado em Trafford, a vitória ficou com o time espanhol. Neste mesmo ano, o Inter de Milão registrou uma receita de 197 milhões de euros, enquanto o City teve uma receita de 102 milhões de euros.
Golaço dentro e fora de campo
Ao analisar as receitas comerciais do Inter de Milão, fica evidente que elas estão significativamente abaixo de outros clubes europeus. No ano passado, o Manchester City registrou uma receita de 373 milhões de euros, enquanto o time italiano chegou a apenas 87 milhões de euros.
Os 14 principais clubes da Europa, durante um período de 12 meses (jul/2022 a jun/2023), geraram 15 bilhões de interações com seus 1,7 bilhão de fãs no Facebook, Instagram, Twitter e YouTube. O Instagram dos clubes representa 41% do total de seguidores, 21% do total de publicações, mas 68% de todo o engajamento gerado pelos clubes. O Manchester City obteve um grande crescimento no Instagram e liderou no YouTube.
No entanto, essas interações não se limitam apenas a números, elas se convertem em contratos de patrocínio. O grupo dos 14 clubes arrecadou um total de 3,5 bilhões de euros (R$ 17 bilhões) em receitas de marketing em 2022. Ou seja, a presença global das marcas no ambiente digital influencia o tamanho dos ganhos dos clubes por meio do marketing.
Salários de jogadores
Em 2022, os gastos salariais do Manchester City totalizaram 354 milhões de euros, o que representa uma percentagem relativamente baixa na comparação com seu faturamento. Por outro lado, o Inter de Milão apresentou despesas com salários no valor de 248 milhões de euros, uma percentagem alarmantemente alta em relação às receitas atuais do clube italiano.