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O auge do Second Life foi em 2006, quando chegou a 2 milhões de usuários. Neste ano, inclusive, a avatar Anshe Chung apareceu na capa da Business Week. Sua dona, Ailin Graef, foi a primeira usuária do Second Life a ganhar US$ 1 milhão vendendo espaços virtuais na plataforma. No mesmo ano, o Facebook, criado em 2004, já acumulava 12 milhões de pessoas cadastradas. Em 2022, no auge das conversas e discussões sobre o metaverso, o Second Life voltou a ser citado como pioneiro mesmo não tendo se massificado. No entanto, 20 anos depois, quais os motivos de a rede não ter se tornado aquilo que a mídia e os especialistas esperavam?
Veja quatro marcas que criaram espaços no Second Life:
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Cleber Paradela, professor de tecnologias exponenciais e coordenador do curso de inteligência digital da Miami Ad School, foi um dos profissionais que desenvolveram ações de marcas no Second Life. “A rede foi um grande surto coletivo da internet. O Hype, que durou apenas um ano (outubro de 2006 a outubro de 2007), conseguiu fazer uma grande previsão antecipada do que seriam os games e aplicações de realidade virtual duas décadas depois”, analisa Cleber concordando com Icaro que o Second Life era avançado para o contexto de digitalização daquele momento.
“O Second Life para a internet representou o que foram os vídeos para os games. No entanto, apesar de ser incrível visualmente, poucos tinham processamento e conexão para o uso”
Um laboratório para marcas
Para se produzir uma ativação de marca na época não havia produtoras ou agências especializadas. Era necessário contratar algum usuário com talento para o serviço. Foi assim que em fevereiro de 2007 a Banda Eva lançou o CarnaLife no Second Life.
“A rede foi um grande surto coletivo da internet. O Hype, que durou apenas um ano (outubro de 2006 a outubro de 2007), conseguiu fazer uma grande previsão antecipada do que seriam os games e aplicações de realidade virtual duas décadas depois”
“Com patrocínio da cerveja Crystal, foram desenvolvidos avatares dos músicos da banda, trio elétrico, abadás, latas de cerveja e adereços do carnaval de Salvador. O evento aconteceu ao vivo com trilha sonora inteira da Banda Eva, na época liderada pelo cantor Saulo Fernandes. Foram 10 horas de festa virtual, que recebeu 3 mil avatares. O evento virtual foi criado e produzido pela agência Tudo, onde eu atuava na época”, conclui Cleber Paradela. Dentre as marcas que testaram as plataformas estão Coca-Cola, Bradesco, Volkswagen, TAM, além de outras empresas dos mais variados segmentos.