Da Agência Espacial Europeia (ESA), o telescópio chamado de Euclides, antigo matemático grego chamado de “pai da geometria”, foi colocado dentro do compartimento de carga de um foguete Falcon 9 definido para decolar por volta das 12h (horário de Brasília) da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral.
Espera-se que novos conhecimentos da missão de 1,4 bilhão de dólares, projetada para durar pelo menos seis anos, transformem a astrofísica e talvez a compreensão da própria natureza da gravidade.
A partir daí, Euclides deve explorar a evolução do que os astrofísicos chamam de “universo escuro”, usando um telescópio de grande angular para pesquisar galáxias distantes até 10 bilhões de anos-luz da Terra em uma imensa extensão do céu além da nossa própria galáxia Via Láctea.
A espaçonave de 2 toneladas também está equipada com instrumentos projetados para medir a intensidade e os espectros da luz infravermelha dessas galáxias de forma a determinar com precisão suas distâncias.
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As possibilidades da missão são refletidas na enormidade da investigação de Euclides. Os cientistas estimam que a energia escura e a matéria escura juntas constituem 95% do cosmos, enquanto a matéria comum que podemos ver representa apenas 5%.
O Euclides foi projetado e construído inteiramente pela ESA, com a agência espacial dos EUA, Nasa, fornecendo fotodetectores para seu instrumento de infravermelho próximo. O Consórcio Euclides compreende mais de 2.000 cientistas de 13 nações europeias, EUA, Canadá e Japão.