A plataforma será integrada aos sites e apps do Mercado Livre, o que dará acesso direto a quem já possui conta. A estimativa inicial é que o Mercado Play já nasça com 100 milhões de usuários nos oito países em que estará disponível: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Peru e Uruguai. O objetivo da empresa é rentabilizar a plataforma com formato de publicidade em vídeo de suas marcas.
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Forbes Brasil – Como o conteúdo favorece o negócio para compradores e vendedores na plataforma? Vocês mapearam essa relação?
Luiz Barros – Para responder a essa pergunta é interessante analisarmos que hoje existe uma ampla oferta quando se trata de serviços de streaming pagos e, por sua vez, o contexto macroeconômico da América Latina muitas vezes limita a quantidade de assinaturas que os usuários querem ou podem manter. Por exemplo, no Brasil, atualmente, temos por volta de 144 milhões de pessoas conectadas à internet e, dessas, apenas 55 milhões são assinantes de algum streaming. Diante desse cenário, nossos consumidores são beneficiados ao terem acesso ao hub de entretenimento com mais de 6 mil horas de conteúdo gratuito e mais de 1.600 títulos no momento do lançamento.
FB – O Mercado Play será um concorrente de outras plataformas de streaming?
Luiz – Para os parceiros de conteúdo, nossa entrada no mercado não traz mais um concorrente que fragmenta ainda mais a oferta de plataformas de streaming. Nós somos um multiplicador para o mercado, porque criamos uma janela de distribuição e monetização do conteúdo para eles com o conteúdo que vamos ofertar gratuitamente e também mais um canal de vendas para trazer novos assinantes para suas plataformas – isso tudo com a escala dos mais de 100 milhões de usuários do Mercado Livre na América Latina. Para o vendedor, a chegada de Mercado Play é super relevante porque integra a força do ecossistema Mercado Livre. Isso quer dizer que esse hub de entretenimento incrementa a experiência de compra, além de aumentar o tão disputado tempo de tela e a recorrência no e-commerce, onde ofertam seus produtos.
Luiz – Nossa visão no Mercado Livre é sempre ecossistêmica. O Mercado Play é um lançamento que visa enriquecer a experiência dos usuários nesse ecossistema que simplifica o comércio, os serviços financeiros e, a partir de agora, os conteúdos. Continuamos evoluindo para que cada usuário encontre novas formas de comprar, vender, desenvolver negócios, conectar-se e, agora, divertir-se com conteúdo selecionados dos melhores produtores.
FB – O que os parceiros de conteúdo mencionados ganham nessa parceria? Pode nos dar uma ideia do modelo de negócios? Quem paga quem e como funcionam os contratos?
Luiz – Eles encontram vantagens ao expandir seus canais de distribuição e formas de monetizar seu conteúdo, atingindo agora uma audiência de mais de 100 milhões de usuários do e-commerce na América Latina, com grande escalabilidade. Além disso, há a possibilidade de monetização com Mercado Livre sendo um canal para conseguir novos assinantes para suas plataformas de streamings, por meio dos descontos expressivos para os assinantes nível 6 do Mercado Livre. O modelo de negócio é baseado no Revenue Share da receita publicitária do conteúdo ofertado na plataforma.
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FB – Como VP de Entretenimento, pode relembrar outras iniciativas da área que tem relação direta ou indireta com essa que será lançada hoje?
Luiz – O primeiro contato do Mercado Livre com o segmento de streamings foi por meio do Nível 6, nosso programa de lealdade. Hoje, por um valor de R$ 17,99 por mês, o Nível 6 oferece diversos benefícios do ecossistema do Mercado Livre e inclui a assinatura do Disney+ e Star+. Além disso, os membros do programa podem assinar também plataformas como HBO Max, Paramount+ e Lionsgate+ com 30% de desconto. Com o lançamento do Mercado Play, o Mercado Livre dá um passo além, tornando o nosso ecossistema ainda mais robusto e trazendo ainda mais valor para o nosso público.