Xiaomi diz que plano de produção de veículos está adiantado

29 de agosto de 2023
Aly Song/Reuters

A Xiaomi previu investimento de US$ 10 bilhões ao longo de uma década no negócio automotivo

A fabricante chinesa de aparelhos eletrônicos Xiaomi disse nesta terça-feira (29) que o plano para começar a produzir veículos está avançado em relação ao cronograma.

De olho no declínio nas vendas de aparelhos, a Xiaomi está planejando diversificar suas atividades para a produção de EVs (veículos elétricos) e recebeu a aprovação do planejador estatal da China para isso, informou a Reuters este mês.

O presidente da companhia, Lu Weibing, afirmou durante conferência com analistas que os planos da empresa para iniciar a produção em massa de veículos elétricos no primeiro semestre de 2024 permanecem inalterados. “Nosso progresso atual está acima das expectativas e do cronograma de produção original”, disse ele.

A empresa previu investimento de US$ 10 bilhões ao longo de uma década no negócio automotivo.

A companhia divulgou receita total de 67,4 bilhões de iuans (US$ 9,2 bilhões) no trimestre passado ante 70,17 bilhões no mesmo trimestre de 2022, mas o resultado superou estimativas de analistas, de 65,13 bilhões.

O lucro líquido aumentou para 5,14 bilhões de iuans no período, um aumento de 147%, também superando as expectativas. A empresa atribuiu o aumento à redução de custos e melhorias de eficiência, principalmente em suas lojas físicas.

“Apesar dos ventos macroeconômicos contrários no mercado global, continuamos a expandir a nossa presença”, disse Lu.

“Vários dos nossos concorrentes já saíram de certas áreas neste ambiente desafiador, mas não importa quão difícil seja, reforçaremos a nossa presença em regiões e mercados”, disse o executivo.

A demanda por smartphones na China continuou a diminuir no segundo trimestre, caindo 5%, para 64,3 milhões de unidades, de acordo com a Canalys.

As vendas da Xiaomi diminuíram 19%, para 8,6 milhões de unidades, enquanto no principal mercado externo, a Índia, caíram 22%, para 5,4 milhões de aparelhos, disse Canalys.