"Mudança gerada pela IA pode ser ainda maior que a da Web", diz CEO do Google

O Google completa 25 anos de existência no próximo dia 27 de setembro. Fundado por Larry Page e Sergey Brin, dois estudantes de doutorado da Universidade Stanford, o site nasceu como um mecanismo de busca que tinha como objetivo “organizar a informação do mundo e torná-la universalmente acessível e útil”.

Rapidamente, sua eficiência e precisão o tornaram o mecanismo de busca preferido dos usuários da Web. Mas hoje, o Google não é mais “só” uma ferramenta de pesquisa, a plataforma ampara mais de 15 produtos que atendem, cada um, mais de meio bilhão de pessoas e empresas, e seis que atendem mais de 2 bilhões de usuários cada, consolidando sua posição como uma das maiores empresas de tecnologia do mundo.

Leia também:

• OpenAI e Microsoft são alvo de nova ação coletiva relacionada à privacidade nos EUA
• Por que a Apple pode perder US$ 74 bilhões em faturamento na China
• Novo vazamento revela surpresa no lançamento do iPhone 15 e iPhone 15 Pro

Em comemoração ao 25º aniversário do Google, Sundar Pichai, CEO da Alphabet Inc., holding que abriga todo o ecossistema “Google”, escreveu uma carta aberta para “todos ao redor do mundo que usam nossos produtos, nossos funcionários e nossos parceiros”

Confira os destaques do texto  de Sundar Pichai:

A esperança para o futuro da tecnologia

“A tecnologia que levamos anos para nos adaptar é uma segunda natureza para nossos filhos. Ideias que meu pai admirava como ficção científica – atender uma ligação do relógio ou dizer ao carro para tocar sua música favorita – fazem meus filhos encolherem os ombros. Isso me fornece grande esperança para o futuro. Uma verdade essencial da inovação é que, no momento em que você ultrapassa os limites de uma tecnologia, ela logo passa de extraordinária a comum.”

Como o Google permanece relevante há 25 anos?

“Na década de 2000, nos perguntávamos: quanto tempo a web pode realmente durar? Na década de 2010, as pessoas perguntaram se poderíamos nos adaptar à era da computação móvel e se a pesquisa “acabou?”. Cada vez, respondemos voltando ainda mais fortes. Fizemos isso guiados por um foco singular em nossa missão, por nossa crença na aplicação da ciência da computação profunda para melhorar a vida das pessoas e por um desprezo saudável pelo impossível. As perguntas continuam surgindo e nós continuamos melhorando e expandindo nossos produtos com novas respostas.”

Leia também:

• Como funciona a IA que criou a nova “música final” dos Beatles

O relacionamento com a era da IA

“O Google tem investido em IA quase desde o início. Fomos um dos primeiros a utilizar aprendizado de máquina em nossos produtos. Então, no início da década de 2010, houve um verdadeiro entusiasmo em torno das redes neurais profundas. Foi o primeiro momento que pensei comigo mesmo: isso realmente vai mudar tudo! Agora, a IA generativa está nos ajudando a reimaginar nossos principais produtos. Ainda assim, há muito mais pela frente. Com o tempo, a IA será a maior mudança tecnológica que veremos nas nossas vidas. É maior do que a mudança da computação desktop para a móvel e pode ser maior do que a própria Internet.”

O compromisso com a segurança do usuário

“Projetar produtos que ajudem as pessoas em grande escala é um privilégio e uma responsabilidade. Pensamos profundamente sobre como construir tecnologia responsável desde o início, seja garantindo que as informações de todos estejam protegidas e seguras ou mantendo as pessoas protegidas contra maus atores online. Essa construção também inclui envolver-se em debates importantes sobre como essas tecnologias moldarão a nossa sociedade e, em seguida, encontrar as respostas em conjunto. A IA é uma parte fundamental disso. Por mais entusiasmados que estejamos com o potencial da IA ​​para beneficiar as pessoas e a sociedade, compreendemos que, como qualquer tecnologia inicial, ela apresenta complexidades e riscos.”