IA foi utilizada em mais de 50% dos ataques recentes contra empresas brasileiras

2 de maio de 2024
Getty Images

No entanto, 97% dos líderes brasileiros acreditam que as tecnologias avançadas, como a própria IA, serão fundamentais na defesa contra ataques cibernéticos em 2024.

De acordo com a pesquisa “The State of Cybersecurity in LATAM 2024”, feita com profissionais de cibersegurança e líderes de tecnologia no Brasil, México, Colômbia e Argentina, cerca de 55% das empresas brasileiras sofreram com ataques cibernéticos alimentados por IA em 2023, um percentual ligeiramente maior do que a média dos outros países (51%).

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“Os dados mostram um aumento dos riscos devido ao uso de IA por cibercriminosos, mas também demonstram o compromisso dos líderes em melhorar sua postura por meio de treinamentos e novas tecnologias, como a própria inteligência artificial”, comenta Tonimar Dal Aba, gerente técnico da ManageEngine, braço de TI da Zoho Corporation, responsável pelo estudo.

O crescimento do número de problemas de segurança também contribuiu para a sobrecarga das equipes de TI brasileiras, com o relato de “mais pressão” entre 66% dos entrevistados — o maior entre os países.

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No entanto, 97% dos líderes brasileiros acreditam que as novas tecnologias, como a própria IA, serão fundamentais na defesa contra ataques cibernéticos em 2024. O levantamento aponta que aproximadamente uma em cada três empresas no Brasil utilizam inteligência artificial nas operações de cibersegurança.

Regulamentação

Apesar dos avanços na conscientização e treinamento em cibersegurança, as companhias no Brasil ainda enfrentam desafios para alcançar plena conformidade com as regulamentações locais e internacionais de proteção de dados. Para elas, os desafios incluem: atender aos requisitos específicos de seu setor (41%); garantir o controle adequado ao compartilhar dados com parceiros (38%); e lidar com as nuances para elaboração de um relatório de conformidade (34%).

“É essencial que negócios especializados forneçam soluções abrangentes para que o ecossistema nacional fique devidamente regulamentado”, diz Kishore Kumaar, country manager da ManageEngine no Brasil.

Confira outros dados da pesquisa:

  1. 26% sofreram ataques cibernéticos que causaram prejuízos significativos em 2023;
  2. 74% disseram que os ataques ocorreram por entidades externas;
  3. 54% compartilharam que funcionários foram vítimas de phishing, aplicativos maliciosos, sites não confiáveis, entre outros cibercrimes;
  4. 38% contaram que os danos aconteceram por meio de parceiros (cadeia de suprimentos, fornecedores, empreiteiros, etc.);