"Quando o tema é IA, lideranças brasileiras mostram apetite por aprendizado", diz líder global da Accenture

7 de maio de 2024

Antes da Accenture, Arnab Chakraborty passou por empresas como General Eletric, KPMG e HP.

Levantamentos internos da Accenture mostraram que as organizações não estão priorizando a utilização e potencial da inteligência artificial em seus negócios. No entanto, a empresa entende que os líderes reconhecem o potencial inovador desta tecnologia.

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No Brasil, não é diferente. Porém, Arnab Chakraborty, líder global de responsible AI da Accenture, afirma que há uma particularidade positiva no país: a humildade da liderança. “Vemos um comprometimento da indústria brasileira com a IA. Além disso, os líderes no Brasil têm muito desejo de aprender e humildade para isso — uma característica essencial, visto que é uma área em constante mudança.”

Divulgação

Presidente da Accenture Brasil, Rodolfo Eschenbach, no estúdio em São Paulo

Esta é uma das razões apontadas por Arnab para a escolha de São Paulo como sede do primeiro estúdio de inteligência artificial generativa da Accenture na América Latina. Iniciativa que faz parte de um investimento global de US$ 3 bilhões em IA até 2025.

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“Acredito que esse projeto começou oficialmente em novembro de 2022, com o lançamento do ChatGPT. Embora já trabalhássemos com IA e dados, o chat fez com que esse mercado atingisse milhões de pessoas pelo mundo em pouco tempo. Então, percebemos que isso iria mudar cada parte dos negócios dos nossos clientes e, consequentemente, do nosso”, comenta Arnab.

Os “Gen AI Studios” da Accenture já estão presentes em mais de 20 cidades pelo mundo, com o propósito de mostrar, de forma prática, como as empresas podem integrar a inteligência artificial generativa em suas operações. “Vamos trazer o alto escalão para visualizar as soluções e a inovação de maneira concreta. Faremos isso integrando gigantes de tecnologia, instituições acadêmicas e profissionais de ponta dentro de um ecossistema”, explica o executivo.

Para Arnab Chakraborty, que está há 20 anos no mercado de tecnologia, um dos maiores desafios para a inteligência artificial é o medo. “Os líderes precisam enfrentar suas inseguranças para crescerem. Os riscos sempre vão existir, mas, felizmente, estamos vendo uma movimentação global para a regulamentação da IA, que ficará ainda mais segura e responsável”, finaliza.