Com Embratel e Claro, SLC Agrícola começa a testar nova tecnologia 5G no campo

24 de junho de 2021
Planet Studio/Gettyimages

Parceria na fazenda Pamplona, da SLC Agrícola, vai servir de modelo a outras propriedades

A Claro, a Embratel e a SLC Agrícola anunciaram que são parceiras para implantar nas fazendas do grupo de origem gaúcha soluções 5G SA (Stand Alone) da chinesa Huawei. A tecnologia, independente da 4G, possui taxas de transferência de dados (throughput) até 20 maiores que as atuais, latências mais baixas (de 50 ms para 5 ms) e maior densidade de acessos por quilômetro quadrado.

Com licença da Anatel, a parceria começa com um projeto piloto na fazenda Pamplona, uma das propriedades da SLC Agrícola, na município de Cristalina (GO), operando na faixa de 3.5GHz, com 100 MHZ de largura de banda, criando condições para que novas funcionalidades, baseadas na tecnologia, possam ser aplicadas, testadas, monitoradas e aprimoradas, em tempo real. Controlada pela família Logemann, a SLC Agrícola cultiva cerca de 470 mil hectares de algodão, soja e milho em 16 fazendas, localizadas em seis estados. No ano passado, pela primeira vez, a receita líquida da empresa ficou acima de R$ 3 bilhões em um só ano.

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“O projeto desenvolvido com a SLC Agrícola é pioneiro e está mostrando como o 5G irá transformar o segmento”, explica Adriano Pires, Diretor de Vendas da Embratel. “Os dados são o motor dos negócios do futuro e extremamente importantes para o agronegócio. A quantidade de dados disponível nos dias de hoje é enorme e processá-la instantaneamente permite que o produtor reaja em tempo real, tornando as suas operações mais previsíveis. Com o uso adequado dessas informações, é possível ajustar as variáveis do negócio e resolver problemas antes mesmo que eles aconteçam. O advento do 5G potencializa esse trabalho com impactos muito positivos na produtividade.”

O primeiro passo na SLC Agrícola será a utilização da tecnologia para a transmissão instantânea de imagens, em alta resolução, que poderão ser coletadas em campo e processadas em tempo recorde para que, por exemplo, se possa fazer o manejo de pragas com maior rapidez. Também vem sendo integrados novos sensores e drones ao maquinário já empregado, poupando água e energia no processo, além do menor uso de defensivos agrícolas, um dos principais objetivos do grupo.

Digulgação/SLC

Na fazenda Pamplona, em Goiás, serão testadas tecnologias no maquinário já em uso

“A SLC Agrícola vem em um ritmo acelerado de adoção de novas tecnologias e transformação digital no campo. O projeto piloto trará oportunidades e benefícios ainda pouco explorados nas áreas de automação e robótica, além do uso de imagens em alta resolução na agroindústria”, afirma João Aranda, coordenador de Serviços de TI da SLC Agrícola. “Nossa expectativa é de que as vantagens da baixa latência e o processamento em tempo real do 5G permitam o uso de algoritmos em nuvem e inteligência artificial, trazendo ganhos de eficiência operacional e produtividade em nossas fazendas, assim como em todo ecossistema do agronegócio.”

Para a Claro e a Embratel, a ideia é usar a operação da SLC como base para a formatação de produtos e serviços que serão criados em conjunto pelas equipes de inovação das empresas. “A união com a SLC Agrícola vai nos permitir testar diversos casos de uso que não eram possíveis antes, integrando análises em tempo real e uso de drones, por exemplo. Mas, além do 5G SA, estamos levando também projetos complementares, que englobam o 4G e o 3G, e buscando incluir as pessoas nesta jornada de descoberta e aprimoramento das tecnologias”, diz Eduardo Polidoro, diretor de Negócios de IoT da Claro.

Divulgação/SLC

Grupo de origem gaúcha cultiva cerca de 470 mil hectares, sendo o algodão uma das principais commodities

De acordo com André Sarcinelli, diretor de engenharia da Claro, a parceria entre as empresas entrega ao setor do agro um ambiente com condições para a cocriação de soluções inovadoras. “A Claro tem sido pioneira no desenvolvimento de soluções voltadas para o 5G, operando com licenças especiais cedidas pela Anatel em casos de uso na Indústria 4.0, entretenimento, serviços financeiros e educação e pesquisa. Essa rede 5G SA nos permitirá usufruir de tudo o que somente o novo ecossistema 5G é capaz de proporcionar para o agro.” A Claro e a Embratel fizeram a primeira demonstração do 5G aplicado à agricultura 4.0 também no estado de Goiás.

Em parceria com o governo local e a Huawei, em dezembro de 2020 foi instalada uma rede de internet móvel de quinta geração (5G) no município de Rio Verde. Duas torres de transmissão do 5G, em caráter de prova de conceito, foram instaladas: uma no IF Goiano (Parque Tecnológico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano), para estudos; e na fazenda Nycolle, do produtor Cairo Arantes, para demonstrações práticas.

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