Após a inauguração no final do ano passado da maior fábrica da América Latina de biológicos, produtos que colaboram para aumentar a produtividade agrícola e ainda têm apelo de sustentabilidade, a companhia se prepara agora para disputar a liderança no país com a holandesa Koppert.
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“Acreditamos que o faturamento vai ter um salto em 2021 (com a nova unidade)”, destacou ele, ressaltando que a empresa pretende “ser líder” nesse mercado com suporte da nova fábrica.
A companhia com meio século de atuação no Brasil –e quatro importantes aquisições desde a entrada de um fundo na empresa familiar em 2014– registrou salto de 69% na receita líquida do primeiro trimestre, para R$ 119,5 milhões, após encerrar 2020 com faturamento de cerca de R$ 580 milhões.
Mas comentou que a nova unidade na região de Ribeirão Preto que detém, entre outras, tecnologias de fermentação líquida, para fungos e bactérias, vai correr atrás de um mercado defensivos biológicos que teve crescimento de 40% em 2020.
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Segundo o executivo da Vittia, a companhia cresceu 50% na linha de biológicos em 2020, um avanço que poderia ter sido ainda maior, se a empresa já tivesse maior capacidade. “Este ano, com a entrada da nova planta, foi eliminado o gargalo.”
Ainda que seja uma tecnologia “revolucionária” e de forte crescimento, os biológicos representam uma fatia menor do mercado de defensivos, dominados pelos químicos, cujas vendas no país somam cerca de R$ 50 bilhões por ano.
PLANOS DE IPO
No primeiro trimestre, o grupo com unidades produtivas também nos municípios paulistas de Ituverava, Serrana, Artur Nogueira, além das cidades mineiras de Uberaba e Patos de Minas, mais que dobrou a geração de caixa medida pelo Ebitda.
A empresa teve impulso das vendas de biológicos, mas também de outros produtos, como os inoculantes (fertilizantes biológicos), os quais já é líder no Brasil.
A empresa, cuja fatia majoritária de 70% é detida pela família Romanini, avalia que o mercado ainda não estava preparado para receber uma onda de IPOs de companhias do agronegócio como a vista no ano passado –muitas das quais suspenderam as transações.
Embora o agronegócio seja um importante motor da economia brasileira, os investidores e as casas que lidam com IPOs ainda não dispõem do mesmo conhecimento da indústria agrícola que tem sobre outros setores com maior participação na bolsa.
No caso do Vittia, disse Frizzo, o projeto está em “modo de espera, na geladeira”, mas a companhia está preparada para quando as condições favorecerem, para relançar a operação.
O IPO da Vittia permitiria, além da capitalização da empresa para novas aquisições, a “saída” do fundo de private equity Brasil Sustentabilidade FIP, que em 2014 passou a deter uma participação minoritária no grupo familiar. (Com Reuters)
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