Açúcar atinge máxima de 4 meses com receios de geada, enquanto café recua

1 de julho de 2021
Pedro Whitaker/Reuters

Colheita de cana-de-açúcar em moinho de São Martinho, Pradopolis, Brasil

Os futuros do açúcar bruto na ICE fecharam em alta hoje (1), atingindo máximas de quatro meses durante as sessões, com receios intensificados de danos nas safras de cana-de-açúcar no maior produtor, o Brasil, devido às geadas.

O café arábica recuou com as geadas aparentemente poupando a principal região produtora.

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AÇÚCAR

O açúcar bruto para outubro fechou em alta de US$ 0,05 centavo, ou 0,3%, em US$ 17,94 centavos por libra-peso, após atingir anteriormente máxima desde o fim de fevereiro em US$ 18,49 centavos. As áreas agrícolas brasileiras foram atingidas por geadas pelo terceiro dia, hoje (1). As geadas atingiram o oeste e o norte do estado de São Paulo, que é responsável por 60% da produção de açúcar do Brasil, segundo a Rural Clima.

Operadores afirmaram que o açúcar deve avançar com aumento de preocupações sobre geadas no Brasil. A Empresa francesa Tereos acredita que o mercado do açúcar não precificou completamente os problemas de produção no Brasil, visualizando espaços para aumento dos preços.

A ICE confirmou a menor entrega de julho, de 131.427 toneladas, afirmando que tudo será carregado no porto de Paranaguá, no Brasil. A PepsiCo planeja reduzir a quantidade de açúcar em refrigerantes e chás gelados em um quarto na União Europeia, até 2025.

O açúcar branco para agosto fechou em alta de US$ 3,00, ou 0,7%, em US$ 450,70 a tonelada.

CAFÉ

O café arábica para setembro fechou em queda de US$ 3,35 centavos, ou 2,1%, em US$ 1,564 por libra-peso, porém atingiu anteriormente a máxima desde junho, em US$ 1,6465. Operadores e analistas acreditam que a maior parte do café do Brasil será poupada de danos da geada.

“As geadas relatadas até agora nas safras de café foram irrelevantes”, disse um corretor do Brasil, acrescentando que precipitações nas próximas semanas serão mais importantes. Chuvas são necessárias para estimular o florescimento para a safra de 2022.

A colheita de café de 2021/22 do Brasil é vista em 53,7 milhões de sacas de 60 quilos cada, uma alta de 4,5% ante previsão de janeiro, afirmou a corretora StoneX. O café robusta para setembro recua US$ 4, ou 0,2%, em US$ 1.701 a tonelada. (Com Reuters)

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