O mercado de fertilizantes especiais do Brasil deverá registrar crescimento de cerca de 24% neste ano, impulsionado pelo cenário de bons preços e alta demanda por alimentos, disse ontem (27) a Associação Brasileira de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo).
Estes insumos são fertilizantes minerais e de origem orgânica, que não passam por processamentos químicos.
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Segundo a entidade, o setor ainda pode superar as expectativas de crescimento para o ano, em meio a elevados níveis de confiança da indústria de nutrição vegetal.
“Esse valor pode ser superior caso alguns fundamentos se confirmem como, por exemplo, a antecipação de compras de insumos, que mesmo não sendo constante, pode se manter com a conjuntura de bons preços e alta demanda por alimentos”, afirmou em nota o gerente-executivo da Abisolo, Alexandre D’Angelo.
De acordo com levantamento de expectativas de 2021 publicado no anuário da associação, que tem como base uma pesquisa nacional realizada com membros do setor, a estimativa de avanço geral de 24% frente a 2020 reflete o fato de que “a maioria absoluta (dos respondentes) demonstrou otimismo”.
A pesquisa indicou que o segmento de fertilizantes organominerais líquidos deverá registrar a maior alta no ano a ano, de 29%, seguido pelas áreas de fertilizantes minerais líquidos e organominerais sólidos, ambos com crescimento estimado em 28%.
Há ainda expectativa de que o segmento de fertilizantes orgânicos sólidos apure alta de 22% e o de minerais sólidos veja aumento de 19%.
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“Uma pequena parcela dos respondentes acredita que poderá haver uma redução nas vendas de fertilizantes orgânicos líquidos”, informou o anuário, acrescentando que essa queda está projetada em 12%.
Em relação ao índice de confiança do setor, a Abisolo indicou que os gestores das empresas associadas à entidade têm otimismo em relação à maioria dos critérios analisados, incluindo expectativa de vendas para os próximos 12 meses, intenção de investimentos em máquinas e equipamentos ao longo do próximo ano e expectativa de expansão da agricultura no período.
Excetuam-se, na avaliação dos gerentes, os aspectos ligados à confiança nas políticas públicas, expectativa da economia nos próximos 12 meses e o comportamento da taxa de câmbio, para os quais há tendência de pessimismo no setor.
ANO PASSADO
Em 2020, informou a entidade, o mercado de fertilizantes especiais do Brasil registrou faturamento de mais de R$ 10 bilhões, salto de 41,8% em relação a 2019.
A cultura da soja permaneceu como a maior consumidora do setor, responsável por 46,7% das vendas, seguida por café (10,7%), milho (10,6%) e cana-de-açúcar (9,6%).
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Ainda de acordo com a Abisolo, o custo da matéria-prima cresceu entre 14% e 22%, dependendo do produto, sendo os orgânicos sólidos os mais impactados. (Com Reuters)
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