Preços do café recuam quase 9% com geadas no Brasil aparentemente menos intensas do que o esperado

30 de julho de 2021
Roberto Samora/Reuters

Vista aérea de cafezais atingidos por geadas em Varginha (MG)

Os contratos futuros do café arábica na ICE fecharam em queda acentuada hoje (30), depois que geadas durante a noite no maior produtor, Brasil, aparentavam ter sido menos intensas e espalhadas do que alguns esperavam. Os preços do açúcar também caíram com o clima no Brasil e demanda enfraquecida.

CAFÉ

O café arábica para setembro fechou em queda de US$ 16,95 centavos, ou 8,6%, em US$ 1,7955 por libra-peso, recuando ainda mais da máxima de sete anos acima dos US$ 2 atingida na semana passada. Operadores afirmaram que o dano durante a noite para os cafezais não devem ser tão significantes como os infligidos pelas geadas da semana passada, apesar da saúde das safras estar sendo avaliada.

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“A incerteza sobre a extensão dos danos manteve os preços do café e do açúcar voláteis”, disse o ING em uma nota.

As temperaturas caíram em todo o Brasil ontem (29) e hoje – com rara nevasca durante a noite em vários lugares – à medida que uma massa de ar polar avançava em direção ao centro-sul do país, ameaçando as lavouras de café e cana-de-açúcar com geadas. De qualquer forma, já houve estragos na próxima safra do Brasil, segundo fazendeiros e agrônomos.

O café robusta para setembro fechou em queda de US$ 99, ou 5,3%, em US$ 1.786 a tonelada, seguindo o arábica.

AÇÚCAR

O açúcar bruto para outubro ​​fechou em queda de US$ 0,39 centavo, ou 2,1%, a US$ 17,91 centavos por libra-peso. Os operadores estão esperando para ver se as temperaturas da noite no Brasil foram frias o suficiente para causar mais danos nas safras de cana-de-açúcar.

“Os preços caíram com uma realização de lucros e uma visão de que o frio previsto para o Brasil talvez não seja tão frio quanto se temia”, disse um corretor de açúcar.

Os operadores também afirmaram que a demanda parece ausente com as refinarias premium continuando a sofrer. O açúcar branco para outubro ​​fechou em queda de US$ 5,70, ou 1,3%, a US$ 445,70 a tonelada.

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