Ele lembrou que o produtor brasileiro recuou no plantio em 2020/21, atingido pela queda de preços gerada pela pandemia. Mas, se imaginasse que a recuperação das cotações seria tão rápida e registrada ao longo da safra, a área não teria caído tanto.
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“Sessenta por cento do algodão brasileiro é de segunda safra, colhe a soja e planta algodão, isso não tem em lugar nenhum do mundo”, disse Busato, citando um uma das vantagens competitivas do Brasil.
Segundo ele, com isso, o país conseguiu dobrar a produção em quatro anos e poderia repetir isso, superando a Índia como maior produtor mundial.
“Como podemos fazer isso novamente? O Brasil planta 38 milhões de hectares de soja e 1,6 milhão de hectares de algodão. Então se pegar emprestado mais 1,6 milhão, vamos nos tornar o maior produtor mundial”, comentou.
“A mensagem do algodão é que agora nós estamos em briga de cachorro grande, e o cão está bravo com a gente porque estamos tomando mercado dele”, afirmou, em referência aos norte-americanos.
Sobre outra vantagem competitiva, o dirigente lembrou que a produtividade do algodão do Brasil consegue ser o dobro da registrada nos EUA, devido aos investimentos e condições de clima do país.
O avanço da produção e das exportações está também relacionado com a demanda da China, disse o presidente da Anea (Associação Nacional dos Exportadores de Algodão), Henrique Snitcovski, no mesmo evento.
“O Brasil está no caminho certo para poder superar os novos desafios e atingir essa posição de maior exportador do mundo, tenho certeza que isso vai acontecer muito em breve”, comentou Snitcovski.
Conforme a Conab, as exportações brasileiras deverão atingir 2 milhões de toneladas em 2020/21, queda ante o recorde de 2,125 milhões da temporada anterior. (Com Reuters)
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