Agricultores de Mato Grosso começam a vender a safra que será plantada no final do ano que vem

14 de setembro de 2021
Lucas Ninno/Getty Images

A venda de soja atingiu 1,23% da produção esperada para 2022/23, ante 3,58% no mesmo período do ciclo anterior

Os agricultores de Mato Grosso deram a largada nas vendas antecipadas para a safra 2022/23, que será plantada somente a partir de setembro do ano que vem, com negócios fechados para a soja e algodão, disse ontem (13) o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

A comercialização de soja atingiu 1,23% da produção esperada para 2022/23, ante 3,58% no mesmo período do ciclo anterior e média histórica de 0,72%, mostraram os dados.

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Em boletim à parte, o instituto afirmou que esta é a segunda temporada com as vendas mais antecipadas da história do Estado, atrás apenas do início de negociações da oleaginosa para 2021/22.

No algodão, o Imea informou que 3,62% da produção esperada para o próximo ciclo já foram comercializados. Não há registros de vendas tão antecipadas da pluma na safra de 2021/22 e na média histórica para este período a comercialização ainda não teria começado.

Sem citar especificamente a safra 2022/23, o instituto disse em boletim separado que os preços internacionais e a firme demanda estão impulsionando o fechamento de negócios no mercado de algodão.

 

SAFRA 2021/22

Para a temporada de 2021/22, cujo plantio começa nesta semana, os produtores venderam 39,5% da produção esperada para a soja, volume que está muito aquém dos 55,91% registrados um ano antes, mas supera os 31,82% da média histórica.

“O progresso na comercialização foi o menor dos últimos meses, com os negócios perdendo força devido à cautela dos players com a aproximação da semeadura do grão”, disse o instituto em boletim.

Para o algodão, a comercialização de 2021/22 alcançou 40,29%, ante 38,1% no mesmo período do ciclo anterior e média histórica de 46,93%.

O Imea afirmou que houve um avanço de 5,69 pontos percentuais nas vendas da pluma no comparativo mensal, pautado pelo aumento de preço na bolsa de Nova York.

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“O alto patamar do dólar em conjunto com a forte demanda no período, impulsionou o preço médio do ciclo 21/22 em MT —valorização mensal de 1,76%”, pontuou o instituto.

Já para o milho, o levantamento apontou comercialização de 30,87% da safra 2021/22, versus 50,92% um ano antes e média de 25,46% para os últimos cinco anos.

“Vale frisar que, com grande parte dos insumos já adquiridos, os produtores diminuíram o ritmo das negociações (de milho), buscando evitar comprometer a sua produção a preços menores que os esperados para a safra, assim como ocorreu na safra 20/21.” (Com Reuters)

 

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