O controverso tema, considerando que ainda não há trigo transgênico sendo consumido no mundo, foi mais uma vez retirado de pauta na reunião deste mês, pois a comissão está avaliando informações que haviam sido pedidas à companhia solicitante, TMG (Tropical Melhoramento & Genética), segundo o presidente da CTNBio, Paulo Barroso.
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Segundo ele, a empresa solicitante encaminhou respostas que a CTNBio havia pedido, a agora “os relatores estão trabalhando nessa resposta de tal modo a ter um parecer para ser apresentado em outubro”.
O trigo analisado pela CTNBio proporciona, segundo a pauta da comissão, “aumento de produtividade em situações e ambientes de baixa disponibilidade hídrica” e é resistente ao herbicida glufosinato.
O pedido é para que o produto possa ser utilizado em alimentos, rações ou produtos derivados ou processados.
Até o momento, o consumo de produtos com o cereal modificado não é autorizado em nenhum país do mundo. Em caso positivo, o Brasil seria o primeiro.
A soja e o milho transgênicos são dominantes na agricultura do Brasil e de outras partes do mundo, mas esses produtos geralmente são utilizados para alimentação animal, não sendo destinados diretamente ao consumo humano, como é o caso da farinha de trigo.
A indústria brasileira de trigo já está preparada para contestar uma eventual aprovação da CTNBio e, neste caso, deve solicitar junto a outros membros do setor que o tema seja analisado pelo Conselho Nacional de Biossegurança, composto por ministros, para que o governo se pronuncie sobre a conveniência da medida.
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