A maior cervejaria do mundo está apostando em cultivares de alta tecnologia e em técnicas agrícolas aprimoradas na África do Sul, que eliminarão a escassez de cevada e malte, favorecendo planos de expansão.
Os cientistas dizem que as condições de maiores secas na África do Sul, devido ao aquecimento global, podem diminuir a produção de cevada em Caledon, a principal área de cultivo do país, onde a AB Inbev também converte cevada em malte em sua fábrica de 180.000 toneladas.
Mas, o plano a longo prazo é exportar eventualmente maiores quantidades de malte à medida que a produção de cevada aumente, sendo a África o principal mercado alvo de exportação, disseram funcionários da empresa.
Ao usar cevada resistente à seca e uma agronomia aprimorada, o diretor para desenvolvimeno agrícola da AB-InBev na África, Josh Hammann, disse que a companhia superou a meta de atingir 475.000 toneladas de produção de cevada até 2021, com uma colheita recorde de 560.000 toneladas alcançada na temporada de 2020, quando as chuvas foram boas.
Os pesquisadores também estão fazendo experiências com novos cultivos de milho, sorgo e mandioca para atender às perspectivas de fabricação de bebidas destiladas na Tanzânia, Uganda e Moçambique.
“É rápido, é curto e tem fator X”, disse Daniel de Klerk, criador do instituto de pesquisa, sobre a nova variedade.
Kadie pode ser considerada para uso na Budweiser e, se testada com sucesso, pode se tornar a primeira variedade africana de cevada usada para a popular cerveja americana, disseram as autoridades.