Agora é a vez da Embrapa Roraima, localizada em Boa Vista, mostrar seu trabalho com o trigo. No início de dezembro do ano passado, os pesquisadores apresentaram a Vitrine Tecnológica, uma unidade de observação em campo do comportamento da cultura do trigo nas condições locais de cerrado. Atualmente, as plantas estão com cerca de 45 dias após a germinação, encontram-se na fase de enchimento dos grãos.
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Os pesquisadores vão também definir a densidade de semeadura e os níveis de adubação mais adequados, realizar estudos de sanidade e avaliar a qualidade da farinha produzida, podendo ser uma alternativa para os produtores de grãos nos cerrados de Roraima. A expectativa é que, num prazo de dois anos, a Embrapa Roraima possa recomendar pelo menos uma cultivar de trigo adaptada às condições do Estado.
Segundo Edvan Chagas, chefe-geral da Embrapa Roraima, paralelamente uma rede de pesquisas está sendo estruturada em parceria com a Embrapa Cerrados e Embrapa Trigo, visando estudar todos os aspectos tecnológicos da cultura no estado. O pesquisador Vicente Gianluppi, coordenador da pesquisa, ressalta que essa parceria poderá gerar resultados ainda mais positivos, vez que as cultivares mais adaptadas à região têm chances de ser cultivadas nos cerrados da Venezuela e Guiana, propiciando novos negócios para os agricultores brasileiros.
Produzir o grão em escala poderia aliviar a balança comercial dessa commodity. No ano passado, o Brasil, importou 5,7 milhões de toneladas de trigo por US$ 1,5 bilhão, cerca de metade da demanda. A Argentina é um dos maiores fornecedores do grão.