A aquisição, com fechamento previsto para o segundo semestre deste ano e sujeita a revisão regulatória, dá para a Viterra, unidade da Glencore, significativamente mais ativos físicos de manuseio de grãos nos Estados Unidos.
Também eleva a Viterra à posição de terceiro maior exportador de soja brasileira, à frente da Archer-Daniels-Midland, segundo dados da agência marítima Cargonave.
O acordo, no entanto, fica aquém de elevar a Glencore, entre os maiores comerciantes globais de metais e energia, para o nível superior de comerciantes globais de grãos por causa de sua presença limitada nos Estados Unidos, disseram traders de exportação dos EUA.
O clube inclui ADM, Bunge, Cargill e Louis Dreyfus. As tentativas anteriores da Glencore de se juntar a esse grupo de elite de comerciantes conhecido como ABCDs de grãos incluíram abordagens de aquisição fracassadas da Bunge e Dreyfus nos últimos anos.
“Isso os coloca entre os players que podem originar fisicamente grãos (nos Estados Unidos), em vez de apenas um comerciante de papel. Isso eleva seu status, mas eles teriam que gastar muito mais dinheiro para estar no nível de ADM ou Cargill ou Bunge”, disse um exportador americano que pediu para não ser identificado.
Mas a empresa-mãe da Gavilon, Marubeni, disse que manterá oito elevadores de grãos Gavilon no norte dos Estados Unidos, bem como “parte da participação acionária” em um terminal de exportação de grãos no noroeste do Pacífico dos EUA, um ponto crucial para embarques dos EUA para Ásia.
O acordo pode beneficiar os agricultores dos EUA, pois as redes globais de comércio e transporte da Glencore permitem que a Viterra seja mais competitiva ao comprar grãos deles.
“Isso para eles é uma entrada muito boa no mercado dos EUA e aumentará a concorrência por ‘bushels'”, disse Sterling Smith, diretor de pesquisa agrícola da AgriSompo.