“Ainda seria uma safra recorde, mas muito menor”, afirmou Alef Dias, analista de grãos e macroeconomia da hEDGEpoint.
O Brasil colheu 137,3 milhões de toneladas na safra passada, o recorde atual, segundo dados da Conab.
Pedro Schicchi, analista de grãos e sementes oleaginosas da hEDGEpoint, ponderou que alguns modelos de previsão climática estão apontando para chuvas acima do normal em janeiro, em regiões afetadas pela seca no Sul.
“Se tem uma chuva boa em janeiro consegue atenuar o tamanho das quebra… Mas, se essas chuvas não vierem, pode ficar até maior a perda”, acrescentou.
Na avaliação de Schicchi, boa parte da quebra de safra já foi precificada pelo mercado internacional. Os contratos futuros da soja em Chicago, para março, estão sendo negociados a 13,84 dólares por bushel, nos maiores patamares desde meados do ano passado.
A quebra de safra deve resultar em estoques de passagem mais enxutos no Brasil, disse Schicchi.
Do lado da demanda interna, ele ponderou que, com uma mistura menor de biodiesel noBrasil, o consumo de soja tende a ficar mais fraco no país.
Além disso, com a China precisando de menos importação de carne, e isso se traduz em menos consumo doméstico de farelo de soja no Brasil.