“Além disso, os preços seguem muito próximos da máximas nominais, o que favorece a estratégia do vendedor de fracionar lotes e alongar posições, sem pressa em fechar novos negócios. No lado da demanda também não há grande interesse. Questões de fluxo de caixa, por conta do ‘margeamento’ em bolsa, ajudam a inibir um pouco o interesse por posições antecipadas”, diz Barabach.
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Destaque às vendas de arábica, que alcançam 35%. Estavam em 26% em igual período do ano passado. Já as vendas de conilon alcançam 33% do potencial produtivo, contra 8% em 2020. “O interesse da indústria local, por conta do arábica caro e da mudança no blend, explica essa performance”, diz Barabach.
Ele comenta que continua o spread negativo entre os contratos de café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – posições mais distantes trabalhando com preço mais baixo que as mais próximas. “O mercado aposta em melhora na oferta futura. Esse comportamento da curva de preço de café na ICE US é um fator adicional para limitar o interesse por fixações futuras do lado do vendedor”, aponta.
O consultor indica que a curva de dólar futuro sustenta uma inclinação positiva mais acentuada, pautada na taxa de juros mais elevada. E isso serve de um fator de compensação. “Em linhas gerais, a base de preço para fixação antecipada continua muito valorizada e bem acima das referências médias históricas deflacionadas. Mesmo com os custos mais altos, continuam garantindo uma boa rentabilidade ao vendedor”, diz.