O governo, que já estava limitando as exportações para conter os preços dos alimentos, disse que concordou com os moinhos e os exportadores para estabelecer um “trust” que manteria os preços locais baixos.
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A Argentina é um grande exportador de trigo, além de ser o exportador número 1 de soja processada e nº 2 em milho. A safra de trigo 2021/22 está estimada em um recorde de 22,1 milhões de toneladas. Rússia e Ucrânia são os dois maiores exportadores de trigo.
O conflito na Ucrânia levou os preços globais do trigo a níveis históricos. No mercado doméstico argentino, o grão fechou na quarta-feira com média de 32.103 pesos (298 dólares) por tonelada, 19% a mais do que há apenas uma semana.
O mecanismo de preços permaneceria em vigor até o final de janeiro de 2024 e iria se concentrar nos preços das vendas domésticas de farinha de trigo e massas secas, informou o ministério.
O governo da Argentina limitou anteriormente as exportações de trigo da safra 2021/22 a 14,5 milhões de toneladas. Segundo dados oficiais, os exportadores já declararam vendas externas de 13,6 milhões de toneladas.
Embora a medida tenha sido acordada com moinhos e exportadores, os agricultores do país sul-americano parecem não ter sido incluídos e se opuseram a propostas de tal mecanismo.
Na semana passada, a bolsa de grãos de Buenos Aires rejeitou as ideias de medidas de controle de preços, que descreveu como um “estímulo negativo” para a produção.