O presidente da entidade, Miguel Faus, disse à Reuters que o produto que está sendo exportado é proveniente de uma safra de 2,36 milhões de toneladas.
“A queda de 2021/22 se deve a uma safra menor. Na anterior, a produção foi de 3 milhões de toneladas, por isso foi possível exportar 2,414 milhões”, afirmou.
No entanto, o setor está apreensivo com os desdobramentos da pandemia na China, principal importador de algodão do mundo, por possível risco sobre a logística do país.
“Já havia um problema logístico decorrente do excesso de demanda no mundo e depois pela pandemia, mas que vinha nos afetando menos nesta temporada… Para complicar, a China está em um novo lockdown e, dependendo da extensão, pode haver impacto ainda sobre os embarques do ciclo atual.”
A China é o principal destino das exportações brasileiras da fibra (30,2%), seguida por Vietnã (16,7%), Turquia (13,2%), Paquistão (11,2%) e Bangladesh (10,6%), segundo a Anea.
INSUMOS
Em relação ao planejamento da safra que começará a ser plantada em dezembro, o presidente da Anea destaca a preocupação com a oferta e preços dos insumos, com destaque para os elevados custos com fertilizantes motivados pela guerra na Ucrânia.
“Os grandes produtores já compraram, fechando os preços e prazos para suas necessidades… Mas mesmo quem fechou, precisamos ver se vai receber”, afirmou.
A Rússia é o maior fornecedor de fertilizantes aos brasileiros, que importam cerca de 85% de seu consumo.