Com o investimento, a companhia espera elevar sua receita a R$ 5,5 bilhões até 2025. Nos últimos três anos, o crescimento da companhia foi de 65%. No ano passado, faturou R$ 3,3 bilhões.
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Em 2021, o setor movimentou R$ 8 bilhões. De acordo com a PeixeBR (Associação Brasileira da Piscicultura), o país produziu 534.005 toneladas do peixe, um crescimento de 9,8% ante 2020. Desse total, a criação de tilápia já representa 63,5% dos peixes de cultivo no país.
A linha de pescados da GTFoods faz parte da área de novos negócios do grupo, que hoje representa 15% da receita anual, o equivalente a cerca de R$ 500 milhões. A ideia de entrar no setor de pescados vem de, pelo menos, 2015, quando os sócios começaram a falar publicamente sobre o assunto.
Para viabilizar o projeto, a GTfoods planeja investir R$ 1 bilhão na ampliação do abatedouro recém-comprado, em novas instalações, aquisição de maquinários e na expansão da distribuição dos produtos.
A GTFoods não abre, por enquanto, como se dará um possível modelo de integração com produtores de peixe da região. Mas afirma que deve seguir nessa linha porque “esse modelo bem-sucedido de negócios tem sido um horizonte para outros setores, principalmente a piscicultura”.
A empresa já possui uma ampla atuação usando o modelo de integração na criação de aves, da granja de matrizes, engorda, até o abate em três frigoríficos. No país, cerca de 90% da avicultura industrial atua sob esse sistema. “A expertise da GTfoods com a avicultura tem muito a agregar para a piscicultura, tanto em termos de integração e verticalização de produção como em tecnologia e qualidade”, afirma Tortola. “Vimos, realmente, uma oportunidade de aplicar o nosso conhecimento em uma nova área e construir um negócio sólido.”
O segundo passo deve ser a exportação. “A GTfoods avalia o mercado externo”, diz Tortola. “Hoje, somos a sétima maior exportadora de proteína de frango no Brasil, apta a exportar para mais de 100 países e temos interesse em avançar para exportações com a linha de tilápias num futuro próximo”.