Isso poderia levar a uma redução nos preços do açúcar, uma vez que o Brasil é o maior exportador global da commodity.
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O governo brasileiro está pressionando por uma mudança na legislação que limite o imposto estadual ICMS sobre combustíveis a 17%.
Como o tributo é mais alto na gasolina do que no etanol, em patamares acima de 17% para o combustível fóssil, a lei reduziria os preços da gasolina.
Para se manter competitivo, o etanol também teria que cair de preço.
Se os preços do etanol caírem, as usinas que têm flexibilidade para produzir mais etanol ou mais açúcar, dependendo dos preços de mercado, podem mudar para o açúcar, aumentando a oferta global.
O analista de açúcar e etanol Julio Maria Borges, da JOB Economia, disse que a nova lei pode reduzir a competitividade do etanol em relação à gasolina no principal mercado de combustíveis de São Paulo em 8 pontos percentuais, dificultando a competição do biocombustível.
“Então agora estamos no capricho do sistema político brasileiro, que na melhor das hipóteses é confuso”, disse um corretor de açúcar com sede nos EUA.
Procurada, a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) disse que preferia não comentar o assunto no momento.
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