É o segundo ano consecutivo que o documento se torna público. “Nosso segundo relatório ainda não é GRI, mas caminhamos para isso”, diz Diego Gomes, diretor industrial do grupo e responsável pela apresentação dos dados. GRI é a sigla para Global Reporting Initiative, uma organização internacional que planifica dados para empresas, governos e instituições. No Grupo Petrópolis, mesmo sem esse suporte, os dados mostram avanços.
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No ano passado, o setor cervejeiro contribuiu com 2,1% do PIB brasileiro, de acordo com a CervBrasil (Associação Brasileira da Indústria da Cerveja). Foram R$ 180 bilhões, valor que representa a venda de 14,8 bilhões de litros de cerveja em 2021. O Grupo Petrópolis, uma das associadas à CervBrasil, é o terceiro grupo cervejeiro do país em volume de produção e maior grupo de capital nacional. No primeiro ano de estruturação, o LIS contou com 76 projetos que levaram a companhia a melhorar seus processos, entre eles a gestão de plástico e de peças de manutenção em suas unidades.
“O LIS é mais um conceito aberto do que um espaço, porque juntos caminham um movimento cultural, inovador e sustentável”, afirma Gomes. Desde que o LIS começou a funcionar, a promoção de três hackathons reuniram 41 equipes que apresentaram 308 propostas de soluções. “Para 2023, vamos lançar um projeto de educação ambiental no metaverso”, diz Gomes.
Buscando escala para lúpulo nacional
Para o projeto de produção nacional de lúpulo e extensão rural visando criar parcerias com produtores, a companhia considera estar na fase seis de seu projeto iniciado em 2017, com a inauguração do Centro Cervejeiro em Teresópolis (RJ), onde foram investidos R$ 2,5 milhões no ano seguinte para dar os primeiros passos no cultivo da planta.
Para as condições tropicais do Brasil, a planta necessita de adaptações, como ocorreu para a soja, por exemplo. “As fases dois e três do projeto foram justamente para isso, buscar por produtividade”, diz Gomes. “No Brasil, um pé de lúpulo tem produzido, na média, em torno de 2 kg, o que torna inviável para pequenos produtores, por exemplo.”
O Grupo Petrópolis foi a primeira empresa cervejeira do país a cultivar lúpulo. Na primeira fase foram plantadas na fazenda São Francisco, que pertence ao grupo, 700 pés de 12 espécies diferentes. Na sequência, a fase dois foi de avaliação dessas espécies, das quais cinco tiveram índices de aroma e amargor altos. A partir daí, cerca de 2.000 pés foram plantados, com as primeiras colheitas em 2020.
Na fase três, mais cinco mil pés foram plantados e nas fases quatro e cinco outros 20.000 pés. Hoje, a empresa tem 5,27 hectares de cultivo. “Fizemos dias de campo para mostrar aos produtores que caminhamos para viabilizar comercialmente a planta no Brasil”, diz Gomes. “Estamos no desafio da produtividade.”
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