A canadense Nutrien, com operações também nos Estados Unidos, Europa e na Austrália, é uma das maiores do mundo na produção de potássio, com estimativa de sair de 15 milhões de toneladas neste ano, para 18 milhões de toneladas até 2025.
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Segundo a Anda, 85% dos fertilizantes utilizados nas lavouras do país em 2021 foram importados. Do total de 45,8 milhões de toneladas, o volume foi de 39,2 milhões. O país é o quarto maior consumidor de fertilizantes do mundo. Fica atrás, apenas, de Estados Unidos, Índia e China, que também são grandes produtores. O Brasil, ao contrário, não faz parte desse clube de elite. No caso do potássio, o percentual importado é de cerca de 95%, com volumes superiores a 10 milhões de toneladas por ano.
O engenheiro agrônomo, André Pessôa, presidente da consultoria Agroconsult, afirma que o país deve consumir um pouco menos de fertilizantes neste ano, algo em torno de 800 mil toneladas, volume que não compromete o desempenho das lavouras. “Nós ainda cresceremos 2,5 milhões de hectares de área plantada, com a soja puxando o crescimento”, diz ele, se referindo à safra 2022/23 que começa a ser plantada nos próximos meses. Em 2021/22, foram cultivados 79,1 milhões de hectares de soja, milho, algodão, cana-de-açúcar e trigo, mais o café.
Além disso, para este período já está comprada boa parte dos fertilizantes que serão utilizados nas lavouras. Para soja, algodão e a primeira safra de milho, a Agroconsult estima que entre 90% e 95% dos insumos estão garantidos para o Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Sul de São Paulo, Goiás, e o Matopiba (região de junção dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). O mesmo ocorre para a segunda safra de milho, com índices de compras nas principais áreas produtoras entre 54% e 71%.