Isso pode representar um crescimento de cerca de 20% na comparação com a temporada anterior, quando a seca prejudicou as produtividades, especialmente no Sul do país, que é o maior produtor e exportador global da oleaginosa.
“Esse recorde seria resultado de um crescimento de 3,9% na área plantada, somado a uma recuperação da produtividade média nacional para 3,56 toneladas por hectare”, disse a especialista de Mercado do grupo, Ana Luiza Lodi, em nota.
Uma safra recorde, acima de 150 milhões de toneladas, deve ser acompanhada também de uma demanda mais forte.
“Apesar de haver indefinições rondando o mercado, como a possibilidade de uma recessão global, a StoneX estima que as exportações de soja possam atingir 100 milhões de toneladas no próximo ano”, disse.
A exportação de soja no ciclo 21/22 é estimada em 77 milhões de toneladas.
Milho
A StoneX revisou mais uma vez sua estimativa de produção da safra de inverno 2021/22 do Brasil, para um recorde de 93 milhões de toneladas, um aumento de 2,5% em comparação ao número divulgado no início de julho, em meio ao avanço da colheita, que já supera 70% do total previsto.
“O ajuste positivo resultou de perspectivas mais favoráveis para a produtividade no Mato Grosso do Sul, assim como de aumentos na área plantada e no rendimento médio do Mato Grosso”, justificou a consultoria.
Somando-se os números esperados para as três safras, a produção total em 21/22 ficaria em 121,6 milhões de toneladas, contra 119,3 milhões de toneladas no relatório anterior.
Apesar de haver uma expectativa de leve redução na área plantada do milho na próxima temporada, que deverá perder espaço para a soja especialmente nos Estados do Sul e Sudeste, espera-se uma produção de 30,3 milhões de toneladas na 1ª safra 2022/23, 14,8% acima do estimado para o ciclo anterior, de acordo com a primeira estimativa divulgada pela StoneX.
Por outro lado, considerando condições climáticas dentro da normalidade, acredita-se que o país possa obter uma produtividade média próxima de 7 toneladas/ha, número consideravelmente acima do observado na primeira safra 2021/22, marcada por adversidades climáticas na região Sul.
“Vale destacar que os números estão sujeitos a grandes alterações, visto que o clima pode surpreender negativamente e ainda há tempo para mudanças na decisão de plantio”, ponderou o analista de inteligência do grupo, João Pedro Lopes.
A exportação brasileira foi estimada em 45 milhões de toneladas em 2022/23, o que seria um novo recorde, superando a estimativa de 42 milhões para a temporada 21/22, que terá forte recuperação ante 20/21 (20,9 milhões).
O consumo doméstico foi projetado em 80 milhões de toneladas no novo ciclo, versus 76 milhões em 21/22.