Os embarques totais da proteína bovina, considerando os produtos in natura e processados, somaram 230,19 mil toneladas no mês passado, aumento de 8,6% ante igual período de 2021, informou a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). A receita cresceu 15,8% no período, para US$ 1,36 bilhão.
Na última semana, reportagem da Reuters antecipou que as vendas externas de carne bovina in natura haviam alcançado uma máxima histórica em agosto, com base em dados do governo federal.
Sozinha, a China comprou 131.884 toneladas de carne bovina brasileira em agosto, mais da metade do volume total enviado pelo país ao exterior, de acordo com a entidade.
No segmento de suínos, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informou que as vendas externas da carne totalizaram em agosto 116,3 mil toneladas, alta de 27,7% no comparativo anual e o maior volume já exportado pela suinocultura brasileira em um único mês.
A receita com os embarques da proteína suína in natura e processada alcançou US$ 269 milhões no mês passado, número 28,7% superior ao registrado um ano antes.
A China, principal destino das exportações do setor, importou 49,2 mil toneladas em agosto, alta de 16% no ano a ano. Já as Filipinas compraram 11,5 mil toneladas, mas com um salto de 381% no comparativo anual.
Santin disse que este desempenho reforça a perspectiva da ABPA de que o segundo semestre será significativamente melhor que os seis primeiros meses deste ano, quando justamente a China vinha recuando nas compras após ter seu plantel de suínos recomposto depois de anos com problemas decorrentes da peste suína africana.
Venda de carne no ano
As exportações de carne bovina acumuladas de janeiro a agosto somam 1,52 milhão de toneladas e a receita atingiu US$ 8,825 bilhões, crescimentos de 18,4% e 40,7%, respectivamente, segundo a Abrafrigo.
“Com isso, a China é a responsável por adquirir 51,8% das exportações brasileiras do produto, e por 60,3% da receita”, ressaltou a associação.
Os Estados Unidos continuam elevando suas importações e são o segundo maior cliente do Brasil no setor de bovinos: até agosto compraram 123.123 toneladas (+85,2%). O terceiro principal importador foi o Egito, com alta de 96,8%, para 81.316 toneladas em 2022.
No segmento de carne suína, por outro lado, o recuo no apetite chinês ao longo do primeiro semestre pressionou os resultados do ano.
Na mesma linha, a receita obtida neste ano alcançou US$ 1,607 bilhão, queda de 11% ante o resultado dos oito primeiros meses de 2021.
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