Levantamento da Secretaria de Comércio Exterior divulgado nesta semana já indicava o novo recorde, considerando as vendas externas da carne in natura.
O volume total, que considera o produto in natura e processado, também representa alta de 6% no comparativo anual, acrescentou a entidade com base em dados do governo federal.
“Também (há) elevação dos estoques para as comemorações do Ano Novo Lunar no início do ano que vem“, afirmou a associação sobre os chineses.
A China comprou 137 mil toneladas de carne bovina brasileira em setembro, ampliando o recorde de agosto que foi de 131 mil toneladas, mostraram os dados.
Assim, o país elevou sua participação como destino dos embarques totais da proteína do Brasil para 52,8%, contra 47,5%.
Até setembro, o Brasil já embarcou 1,7 milhão toneladas contra 1,5 milhão toneladas no mesmo período do ano passado, disse a Abrafrigo. A entrada de divisas correspondente às vendas da carne cresceu 36% no período, para US$ 10,14 bilhões (R$ 52,86 bilhões).
A China importou no ano até setembro 924 mil toneladas da proteína bovina, contra 713 mil toneladas no mesmo intervalo de 2021. Com isso, a receita subiu de US$ 3,82 bilhões (R$ 19,91 bilhões) no ano anterior para US$ 6,18 bilhões (R$ 32,22 bilhões).
Na segunda posição estão os Estados Unidos, com 128 mil (+ 56,5%), com receita de US$ 731 milhões (R$ 3,8 bilhões) — +24,4%.
Suínos
Na mesma linha, receita foi de US$ 244,3 milhões (R$ 1,4 bilhão), resultado 4,5% menor que o registrado em setembro do ano passado.
O recuo foi puxado pela China, principal compradora da proteína, que reduziu em 12,1% as importações de setembro, com 46,9 mil toneladas, devido à recuperação da produção chinesa após período de peste suína.
No acumulado do ano, as vendas externas de carne suína do Brasil alcançaram 825 mil toneladas, volume 5% menor em relação ao embarcado entre janeiro e setembro de 2021, enquanto a receita caiu 10,2%, para US$ 1,85 bilhão (R$ 9,64 bilhões).