A previsão de área para a safra de soja 2022/23 passou de 42,8 milhões de hectares em setembro para 43,2 milhões de hectares agora este mês, o que significa um aumento anual de 4,1%, disse o analista Adriano Gomes.
Com isso, a produção potencial –calculada com base em linha de tendência de produtividade– subiu de 149,1 milhões para um recorde de 150,5 milhões de toneladas.
Segundo ele, esses são considerados “ajustes normais”, uma vez que a estimativa anterior era de setembro, quando o plantio ainda não havia começado.
Até a última quinta-feira (24), produtores tinham semeado 87% da área projetada, contra 80% uma semana antes e 90% no mesmo período do ano passado.
“No Centro-Oeste, onde o plantio está virtualmente concluído, as chuvas da semana passada ainda foram irregulares, aumentando a preocupação nas áreas que estão secas há mais tempo… No Sul do país, o volume de chuva também foi menor, e os produtores já estão de olho nos mapas de previsão, na expectativa de que as precipitações melhorem”, comentou a consultoria em relatório.
“A produtividade real deve substituir as linhas de tendência em dezembro. Até o momento, apesar de ter alguns pontos que necessitam de chuvas mais regulares, não dá pra se falar em tendência de queda ou de aumento, até porque as lavouras estão em grande parte em fase vegetativa e sendo implantadas em áreas mais tardias”, explicou.
A AgRural começa a levantar as produtividades somente em dezembro, já com a safra mais adiantada.
Milho
Sobre o milho primeira safra, a AgRural afirmou que, “de um modo geral, a finalização do plantio e o desenvolvimento das lavouras acontece sem grandes percalços, mas a irregularidade das chuvas deixa os produtores em alerta em algumas áreas que estão mais secas na região”.