A Evera, como é chamado o empreendimento, processará cascas da laranja, folhas, flores e sementes para produzir fibras e óleos que podem ser misturados a alimentos e bebidas, disse o diretor de negócios John Lin em entrevista. Esse mercado vale até 12 bilhões de dólares por ano.
A iniciativa reflete o esforço da Citrosuco em equilibrar negócios de grande volume e margens menores com a presença em segmentos de volumes menores mas com preços e margens maiores.
“Estávamos neste mercado como Citrosuco… Agora estamos criando uma nova unidade para aumentar o foco e poder crescer.”
Inicialmente, a produção da Evera será feita no Estado de São Paulo, onde a Citrosuco possui fazendas e três plantas de processamento.
Uma das maiores produtoras de suco de laranja do mundo, a Citrosuco também opera uma unidade nos Estados Unidos e responde por cerca de 20% do abastecimento global.
Antes da Evera, as sobras da laranja não usadas na fabricação de suco eram fornecidas pela Citrosuco para misturar em ração bovina, um negócio de baixo valor.
O portfólio da Evera possui 18 produtos, que podem ser acrescidos a alimentos de origem vegetal, ketchup, maionese, calda de chocolate, entre outros.
Lin disse que os mercados prioritários para Evera incluem Estados Unidos e Inglaterra, França e Alemanha, onde a demanda por tais ingredientes naturais está aumentando.