Futuros dos grãos sobem com foco na China e dólar mais fraco

11 de novembro de 2022
Reuters/Jorge Adorno

Grãos sendo descarregados no Brasil.

O trigo, o milho e a soja de Chicago subiram hoje (11), sustentados por fortes mercados de commodities e ações, bem como esperanças de que o afrouxamento das restrições da Covid pela China possa aumentar a demanda.

O contrato de trigo mais ativo subiu 10,25 centavos, a US$ 8,13 (R$ 43,12) por bushel. O milho avançou 4,75 centavos, para US$ 6,58 (R$ 34,90) por bushel, enquanto a soja teve um aumento de 27 centavos, a US$ 14,50 (R$ 76,91) por bushel.

A soja se recuperou com a esperança de que a medida da China para aliviar algumas restrições do Covid possa estimular a atividade econômica, potencialmente aumentando a demanda por bens, incluindo soja.

A China encurtou hoje (11) a quarentena em dois dias para contatos próximos de pessoas infectadas e viajantes que chegam, e removeu uma penalidade para as companhias aéreas por trazerem muitos casos. O afrouxamento das restrições animou os mercados, mesmo quando especialistas alertaram que a reabertura provavelmente ainda estava longe.

“O mercado está vendo essa notícia como algo espetacular”, disse Jack Scoville, analista de mercado do Price Futures Group.

A força do petróleo também apoiou a soja, bem como o mercado de milho no dia. O milho às vezes segue as tendências do petróleo devido ao seu papel como principal matéria-prima dos EUA para o etanol combustível.

E o dólar caiu pelo segundo dia de negociação, com os investidores apostando que o pico da inflação nos EUA levará o Federal Reserve a conter os aumentos das taxas de juros.

Isso reforçou as commodities agrícolas, já que um dólar mais fraco normalmente torna os produtos americanos mais competitivos no mercado global, disseram traders.