Shell e Unicamp vão desenvolver agave para produção de biocombustíveis

10 de novembro de 2022
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Segundo a Shell, o programa receberá um investimento de R$ 30 milhões

A Shell e a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) firmaram uma parceria para o desenvolvimento do agave, cultivar típico do sertão brasileiro, como nova fonte de biomassa, e há planos também da construção de plantas-piloto de processamento e refino a serem instaladas na Bahia, para produção de biocombustíveis.

O programa denominado Brave (Brazilian Agave Development) receberá um investimento de R$ 30 milhões, disse Shell em nota hoje (10).

Segundo a companhia, o potencial produtivo do agave se assemelha ao encontrado na cana-de-açúcar cultivada em outras regiões do Brasil.

O objetivo é tonar o agave mais uma fonte eficiente e produtiva, capaz de capturar e armazenar grandes quantidades de carbono.

O desenvolvimento do Brave contempla soluções biológicas para a melhoria da produtividade, adaptabilidade e resistência do agave, assim como a criação, pela primeira vez no mundo, segundo a Shell, de equipamentos para plantio e colheita deste cultivar.

“Queremos ajudar a criar tecnologia para um novo conceito de produção de bioenergia no país, que pode viabilizar o surgimento de uma nova cadeia industrial colocando o Sertão Brasileiro como potencial polo produtor de biocombustíveis para o mundo”, disse, em nota, Alexandre Breda, gerente de Tecnologia de Baixo Carbono da Shell Brasil.

O programa tem duração prevista de cinco anos e está alinhado à estratégia global de descarbonização da Shell, que tem entre os seus pilares centrais alcançar emissões líquidas zero até 2050.