A meta aprovada também ficou acima da indicada inicialmente em consulta pública realizada entre outubro e novembro, de 35,45 milhões de CBios, com representantes de distribuidoras dizendo que ela refletia a “realidade possível” diante da oferta de créditos que são emitidos por produtores de biocombustíveis, como etanol e biodiesel.
A nova meta, no entanto, é inferior ao que havia sido previsto no ano passado para 2023, de 42,35 milhões de CBios.
Um representante do Ministério de Minas e Energia disse hoje (8) que foi sugerido ao governo de transição que o mercado de créditos de descarbonização CBios seja supervisionado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e que os títulos tenham uma vinculação com outros mercados de carbono.
O mercado de CBios foi marcado por forte volatilidade em 2022. Em meados do ano, o governo prorrogou a data para comprovação de atendimento à meta individual de créditos de descarbonização por cada distribuidor de combustíveis em 2022, o que freou a demanda e reduziu os valores dos certificados, que estavam em forte alta e impactando os preços de combustíveis.
Mais recentemente, os preços voltaram a superar R$ 100 por unidade, com o mercado considerando que o novo governo terá uma gestão mais voltada para pautas ambientais. Agora giram em torno de R$ 85, novamente.