Os estoques de milho dos EUA totalizarão 1,2 bilhão de bushels no final do ano comercial de 2022/23, informou o Departamento de Agricultura do país (USDA, na sigla em inglês) em seu relatório mensal de estimativas de oferta e demanda agrícola mundial.
O relatório refletiu a crescente concorrência do Brasil como exportador de milho e um pouco mais de exportações esperadas da Ucrânia, após um acordo Moscou-Kiev intermediado pelas Nações Unidas e pela Turquia.
O governo manteve suas perspectivas para os estoques de soja e trigo dos EUA, com o trigo no menor patamar de 15 anos, em 571 milhões de bushels, e os de soja foram projetados em uma mínima de sete anos, em 220 milhões de bushels.
Os futuros de milho na Bolsa de Chicago ficaram quase estáveis, depois de oscilar em território positivo durante a manhã. O governo cortou suas perspectivas para as exportações de milho dos EUA em 75 milhões de bushels, para 2 bilhões.
“Estamos atrasados, então não ficaria surpreso se vermos que as exportações continuarão caindo”, disse Craig Turner, da corretora de grãos StoneX.
Seca
O USDA também previu que a colheita de milho da Argentina chegaria a 55 milhões de toneladas, estável em relação à projeção de novembro e alta de 6,8% comparada ao ano anterior, apesar da pior seca em décadas.
A seca argentina provocou uma redução nas perspectivas de colheita de trigo do país para 12,5 milhões de toneladas, contra 15,5 milhões de toneladas, disse o USDA.