O Paraná tem potencial para colher 20,8 milhões de toneladas em 22/23, alta de 70% na comparação com a temporada passada, atingida pela seca, segundo os últimos números da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
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No que depender das condições das lavouras até o momento atual, as boas produtividades podem se confirmar na maioria do Estado, já que 90% das áreas estão em boas condições, segundo o Deral, que apontou também 9% em situação média e 1% ruim.
Esse percentual de lavouras boas só perde, nos últimos anos, para os 96% registrados pelo Deral na mesma época em 2018/19. Naquela safra, contudo, o Estado não conseguiu atingir todo seu potencial produtivo por problemas climáticos posteriores, colhendo 16,9 milhões de toneladas, de acordo com dados da Conab.
Gervásio ponderou que, embora os números apontem as melhores condições para esta época, é difícil “cravar”, pois se trata de uma “percepção subjetiva dos técnicos no campo”.
Até o próximo dia 20, os mapas meteorológicos indicam chuvas abaixo da média para o período na maior parte do Paraná, mas as precipitações estarão ainda mais escassas no Rio Grande do Sul, que até o momento tem potencial ser o segundo produtor nacional da oleaginosa, segundo a Conab, com cerca de 22 milhões de toneladas.
Esse volume para a soja gaúcha representaria mais que o dobro do colhido no ano passado, quando a estiagem reduziu drasticamente as produtividades.
Em Mato Grosso, com safra estimada em 41,7 milhões de toneladas, as chuvas serão mais volumosas e acima da média até o início da próxima semana.
A safra de soja do Brasil 2022/23 está estimada em recorde de 153,48 milhões de toneladas, com um salto de 22,2% ante a temporada passada, quando a seca afetou as lavouras ao sul do Brasil, segundo a Conab.