A produção de soja do país na temporada, que está em fase final de plantio, foi projetada em 155 milhões de toneladas, ante 154,35 milhões na estimativa do mês passado.
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“As perspectivas para a safra brasileira de soja estão bastante positivas, mesmo com os volumes de chuva estando abaixo do normal em muitas áreas. O clima nas próximas semanas e meses ainda vai ser muito importante para se definir o real tamanho da colheita”, disse a especialista de Inteligência de Mercado do grupo, Ana Luiza Lodi, em nota.
Segundo a análise, uma safra cheia, acima de 150 milhões de toneladas, deve garantir um balanço de oferta e demanda mais confortável em 2023, “com espaço para aumento das exportações e do esmagamento”.
“Por outro lado, o ciclo 2021/22 tende a se encerrar com estoques bastante limitados, uma vez que houve ajustes no consumo interno e para exportações, que têm se mantido bastante aquecidos ao longo deste ano”, disse a consultoria.
No caso do milho, a expectativa subiu para 130,3 milhões de toneladas, versus 129,9 milhões anteriormente.
Em novo cálculo realizado pela StoneX, a área nacional da safra de inverno do cereal foi elevada para 17,94 milhões de hectares.
“Cabe destacar também neste aumento os estados MATOPI (Maranhão, Tocantins e Piauí), além do Mato Grosso e Pará. O grupo promoveu um ajuste marginal em seu número de produção, agora estimado em 99,6 milhões de toneladas (na segunda safra), um aumento de 0,4% em relação ao trazido no relatório anterior”, disse o relatório.
A StoneX elevou projeção de exportação de milho em 2021/22 de 42 milhões para 45 milhões de toneladas, em meio ao início de vendas à China.
“Após os problemas envolvendo a oferta do cereal ucraniano, a China tem procurado ampliar seus fornecedores, buscando garantir uma maior segurança na disponibilidade do cereal e reduzir a sua dependência do grão dos EUA”, explicou o analista de Inteligência de Mercado, João Pedro Lopes.
“Será importante acompanhar como que ocorrerá a evolução do comércio entre os dois países, visto que poderá impactar o balanço brasileiro”, conclui.