O milho cedeu, pressionado pela queda do trigo, embora as condições de seca na América do Sul tenham adicionado suporte. A soja terminou em baixa, sustentada pela demanda por exportação e pelo forte comércio de farelo, embora o trigo também tenha pesado sobre a oleaginosa, disseram traders.
O contrato de trigo mais ativo na CBOT (Bolsa de Chicago) perdeu 22 centavos para fechar em US$ 7,39 (R$ 38,76) o bushel, depois de atingir US$ 7,34 (R$ 38,50), o menor valor para um contrato mais ativo desde 18 de outubro de 2021.
Os preços de exportação do trigo russo caíram na semana passada em meio a uma colheita recorde na Rússia e a oferta ativa do Mar Negro, disseram analistas.
“O maior exportador do mundo está dando o tom dos preços, e está mais baixo”, disse Don Roose, presidente da US Commodities.
Espera-se que a Austrália produza uma safra recorde de trigo de 62 milhões de toneladas este ano, de acordo com o Abares (Australian Bureau of Agricultural and Resource Economics), apesar das inundações generalizadas nas regiões orientais do país.
A soja, porém, encontrou força no otimismo de exportação, já que os exportadores dos EUA venderam 130 mil toneladas de soja para entrega na China, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA.
A flexibilização adicional das regras de quarentena do Covid-19 em algumas cidades chinesas pode aumentar a demanda por commodities dos EUA, disseram traders.