Os números também mostraram que o Irã retomou o posto de maior comprador de milho do Brasil no ano passado, posição que havia perdido por pouco em 2021 para o Egito. O país do Oriente Médio, tradicional comprador do cereal brasileiro, praticamente dobrou as importações do grão nacional em 2022, com 6,58 milhões de toneladas.
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Já os embarques para a China em 2022 foram realizados quase todos em dezembro, com 1,1 milhão de toneladas, segundo os dados do ministério, que publicou na véspera que o milho foi um dos destaques do agronegócio nacional no ano passado.
A presença dos chineses no mercado de milho do Brasil indica que o segundo exportador mundial do produto começa a incomodar mais a liderança dos Estados Unidos no mercado internacional.
Após Brasil e China fecharem um protocolo fitossanitário em 2022, a alfândega chinesa atualizou em novembro sua lista de exportadores brasileiros de milho aprovados, liberando caminho para os embarques.
A expectativa da Anec é que o Brasil embarque mais de 5 milhões de toneladas do grão em janeiro, o que seria um recorde para o mês.
Até a segunda semana de janeiro, o total embarcado somou quase 3 milhões de toneladas, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Outros destinos
Em 2022, países da União Europeia também elevaram as compras de milho brasileiro, visto como uma alternativa para lidar com uma escassez do produto ucraniano, cujos embarques sofreram impactos da guerra. Além disso, a safra da Europa foi atingida pela seca.
O Japão importou 4,9 milhões de toneladas, também com forte crescimento, enquanto o Egito foi destino de 3,96 milhões de toneladas do grão do país sul-americano.
Coreia do Sul e Colômbia importaram aproximadamente 2,4 milhões de toneladas do milho do Brasil no ano passado, enquanto o México tomou 1,7 milhão de toneladas.