Segundo levantamento da entidade, o faturamento atingiu US$ 705,7 milhões, avanço de 24,5% em relação a 2021.
“O recuo registrado no volume reflete o cenário econômico mundial, afetado pela pandemia da Covid-19, os gargalos e os altos custos logísticos, os elevados preços da matéria-prima no Brasil, além dos impactos causados pela guerra entre Rússia e Ucrânia”, afirmou em nota o diretor de Relações Institucionais da Abics, Aguinaldo Lima.
Com relação à receita, Lima destacou que o recorde não implica diretamente em mais renda para a indústria de café solúvel.
“A matéria-prima, cafés arábicas e canéforas, alcançou níveis de preço nunca antes vistos e, em determinados momentos, os valores, no Brasil, descolaram drasticamente para cima das cotações globais, deixando oportunidades comerciais para que países concorrentes ocupassem os espaços deixados pelas indústrias brasileiras, que tiveram seu caixa diretamente impactado”, disse ele.
Para o executivo, os compradores que acabaram sendo perdidos com essas condições de mercado, dificilmente são revertidos, o que prejudica tanto a indústria, quanto os produtores.
Consumo interno
O consumo de café solúvel no Brasil foi de 998.668 sacas em 2022, avançando 1,4% sobre o ano anterior e o maior nível histórico, informou a Abics.
Desde 2016 os brasileiros aumentam anualmente o nível consumido da bebida.
“As indústrias ampliam, a cada ano, suas plantas fabris e a diversidade de produtos, o que, aliado às ações que desenvolvemos por meio da campanha ‘Descubra Café Solúvel’, nas redes sociais e junto a profissionais de barismo e cafeterias, gera um crescimento vigoroso, proporcionando maior percepção das qualidades e da versatilidade do café solúvel pelos consumidores brasileiros”, acrescentou Lima.