Guaraná Antarctica ganha certificado de produção orgânica; veja destaques do AgroRound

6 de janeiro de 2023

Uma das maiores empresas de bebidas do Brasil, a Ambev anunciou nesta semana que o seu refrigerante Guaraná Antarctica, que tem frutos produzidos na fazenda Santa Helena em Maués (AM), recebeu o selo de Certificação Orgânica de PPV (Produção Primária Vegetal).

Concedido pelo IBD, principal certificadora de produtos orgânicos da América Latina, o selo é reconhecido globalmente. A conquista se deu pela adoção de um plano de manejo orgânico na propriedade, em que o cultivo é feito em pequenas áreas rodeadas de mata nativa, com práticas voltadas à agricultura regenerativa, uso de insumos naturais e atenção ao impacto social. O trabalho beneficia cerca de mil famílias locais.

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“Passamos por um período de conversão do plantio convencional para o orgânico, a fim de atender a normas de comercialização impostas por mercados do mundo todo”, explica Miriam Frota, gerente agrônoma da fazenda. Uma das mais recentes normas de comercialização, por exemplo, é a lei da UE (União Europeia) que impede a importação de bens ligados a desmatamento.

“O guaraná tem uma conexão cultural muito forte com Maués. Por isso, fomentar a sustentabilidade na região é ajudar a construir uma agricultura que traga impactos positivos para todo o ecossistema que envolve o fruto, do meio ambiente à comunidade”, diz Miriam.

A Ambev também tem, desde a década de 1960, uma fábrica de extrato de guaraná na região e, desde o ano passado, o espaço possui o selo de Certificação Orgânica de PPOV (Produtos de Origem Vegetal), também concedido pelo IDB.

Elanco lança site com conhecimento científico sobre salmonella

A Elanco, empresa global de saúde animal, lançou nesta semana o site “Salmonella 360º”. Ele foi criado com o objetivo de oferecer conhecimento técnico e ferramentas para garantir a segurança alimentar na produção de produtos avícolas.

“Acreditamos que esse material possa ser uma importante fonte de informações confiáveis e baseadas em ciência para se ter uma cadeia produtiva ainda mais saudável nas granjas e, por consequência, maior segurança alimentar para os humanos”, afirma Deyse Galle, diretora comercial de monogástricos da empresa.

O portal, voltado a médicos-veterinários, produtores e a todos os técnicos da indústria avícola, está dividido em três áreas: a primeira explica as características da infecção; a segunda traz informações sobre biossegurança; e a terceira é dedicada às tecnologias oferecidas pela empresa para o controle da infecção, como seu portfólio de vacinas.

Entregas de fertilizantes caem 11% no acumulado de janeiro a outubro

A ANDA (Associação Nacional para Difusão de Adubos) divulgou na terça-feira (3) que as entregas de fertilizantes ao mercado brasileiro encerraram o mês de outubro de 2022 com 3,8 milhões de toneladas, registrando uma redução de 17,8% em relação ao mesmo mês de 2021, quando o volume foi de 4,7 milhões de toneladas.

No acumulado de janeiro a outubro de 2022, foram 33,96 milhões de toneladas, com redução de 11,4% na comparação com igual período de 2021, no qual se registraram 38,33 milhões de toneladas.

“Em 2022 tivemos um cenário atípico, com desafios relativos às crises geopolíticas, mas o mercado brasileiro continua abastecido e recebendo as importações dos fertilizantes”, explica Ricardo Tortorella, diretor-executivo da ANDA.

Peru abre mercado para carne suína do Brasil

As autoridades sanitárias do Peru aprovaram na última semana de 2022 o primeiro estabelecimento brasileiro para a exportação de carne suína ao país. A autorização é o passo final para o início das vendas do produto brasileiro para a região, que já havia aberto as suas portas para o setor com a definição de um CSI (Certificado Sanitário Internacional) em 2021.

A habilitação para as exportações ao país sul-americano é efetivada após a conclusão do processo de habilitação individual – no caso da unidade produtora aprovada está localizada no Acre, estado limítrofe com o Peru.

“Este é um importante passo para a internacionalização da região Norte no fornecimento de produtos suinícolas”, afirma Ricardo Santin, presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal). “É esperado que o fluxo de comércio se inicie já neste primeiro semestre de 2023. e o Brasil deverá atuar de maneira complementar e respeitando a produção local.”

Russell Bedford inicia operações de agro no Brasil

A Russel Bedford, empresa britânica de consultoria, contabilidade e auditoria, lançou neste começo de ano a sua divisão de agronegócios no Brasil, tendo seu primeiro escritório especializado instalado na capital do estado de Mato Grosso.

Para dar o pontapé inicial, a empresa chamou o consultor de política agrícola Thiago Rocha para seu quadro societário, o que deve ajudar na construção de sua estratégia no país. A divisão agro ofertará serviço de gestão de propriedade, assessoria para as áreas fiscal e tributária, e para elaboração e assinatura de contratos, análise financeira, planejamento sucessório, apoio especializado a grandes negociações, auditoria e asseguração.

“O homem do campo é hoje obrigado a ter conhecimento sobre uma gama de assuntos muito extensa, algo sobre-humano”, diz Rocha. “Queremos ser “o executivo” que atuará ao lado do produtor para trazer respostas para as mais diversas questões do seu cotidiano.”

John Deere lança nova tecnologia robótica para plantio

A John Deere, multinacional de máquinas agrícolas, lançou durante a CES (Consumer Electronics Show), uma das maiores feiras de tecnologia dos EUA, uma nova tecnologia de plantio para os agricultores que utilizam ferramentas da marca.

A tecnologia permite aos agricultores a redução de mais de 60% da quantidade de fertilizante utilizada no desenvolvimento inicial da planta que seria necessária durante o cultivo. Ela usa sensores e robótica para colocar o fertilizante precisamente sobre as sementes à medida que são plantadas, em vez de aplicar um fluxo contínuo em toda a linha.

Novo padrão para café torrado entre em vigor

Entrou em vigor, no dia 1º de janeiro, o novo padrão para classificação do café torrado comercializado no Brasil, estabelecido pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).

Entre as mudanças, algumas poderão ser percebidas diretamente pelo consumidor, já que estarão expostas nas embalagens, como: a espécie de café, o ponto de torra e a denominação “fora de tipo”, caso o produto não consiga atingir os padrões mínimos de cafeína..

“A nova regra vem para assegurar a oferta de produto de qualidade e seguro ao consumo e ao mesmo tempo estimular o desenvolvimento sustentável de toda a cadeia produtiva e uma concorrência leal no mercado”, explica Hugo Caruso, coordenador-geral de qualidade vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária.

Embrapa lança livro sobre agricultura de baixo carbono no semiárido

A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Semiárido (PE) lançou ontem (5) o livro ‘Agricultura de baixa emissão de carbono em regiões semiáridas – Experiência brasileira’. A obra, disponível gratuitamente no site da empresa, descreve algumas estratégias e práticas agrícolas que podem ser utilizadas como tecnologias de baixa emissão de carbono.

A publicação, que tem como editoras técnicas as pesquisadoras Vanderlise Giongo, da Embrapa Trigo (RS), e Francislene Angelotti, da Embrapa Semiárido), reúne 45 autoras e autores de seis unidades da Embrapa e instituições parceiras.

A chefe-geral da Embrapa Semiárido, Auxiliadora Lima, destaca que, além de apresentar as pesquisas desenvolvidas no semiárido, o livro traz análise e elementos para a proposição de políticas públicas, associadas à necessidade de aumentar a capacidade adaptativa e mitigatória da sociedade e da economia regional diante das mudanças climáticas. “Essas informações e o avanço do conhecimento contextualizado poderão contribuir para o fortalecimento da capacidade de condução de sistemas agrícolas sustentáveis em regiões semiáridas para fazer frente aos cenários climáticos”, conclui.

Conselho Científico Agro Sustentável tem novo conselheiro

O CCAS (Conselho Científico Agro Sustentável), organização criada em 2011 com o objetivo de discutir a sustentabilidade da agricultura, anunciou nesta semana Gustavo Spadotti como novo membro.

O novo conselheiro é engenheiro agrônomo e mestre e doutor em agricultura (Fitotecnia) pela Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp (Universidade do Estado de São Paulo). Também atua como chefe-geral da Embrapa Territorial (SP).

“Nomes de destaque como o do Gustavo Spadotti fazem com que o CCAS cresça com qualidade”, diz José Otávio Menten, presidente do CCAS. “É um grupo formado por diferentes profissionais muito qualificados com os mesmos valores e pensamento de que é fundamental, e também um grande desafio, passar para a sociedade informações sobre o agronegócio da maneira mais simples e clara, valorizando sempre o conhecimento científico.”

O novo conselheiro é revisor de 23 revistas científicas e agências de fomento, publicou um livro, 86 artigos em periódicos revisados por pares, 8 capítulos de livros e apresentou mais de 150 palestras e trabalhos técnico-científicos em eventos nacionais e internacionais.