O aporte da Ativa não foi revelado, mas é minoritário no negócio. Para a tradicional corretora, a ideia da sociedade é auxiliar na evolução e na distribuição do crédito rural para fazendas e empresas sustentáveis e comprometidas com práticas ESG, além de ampliar a oferta de investimentos oferecidos pela corretora.
LEIA MAIS: Mulheres do agro querem mais diversidade, equidade e inclusão
Em troca do aporte financeiro, a produção agrícola é oferecida como forma de garantia. Para isso, é preciso cumprir uma série de boas práticas socioambientais, além de ter gestão financeira e de risco monitoradas. O produtor, então, é classificado pelo nível de sustentabilidade a partir de inspeções de engenheiros agrônomos, tecnologias de satélite e inteligência artificial.
“Desenvolvemos as soluções de forma personalizada, considerando o prazo e o fluxo de caixa, por exemplo, pois defendemos que a sustentabilidade também é financeira”, diz Bruna Aguiar, cofundadora e diretora de produtos da Campo Capital. Um exemplo são as operações para financiar os investimentos em fontes renováveis de energia, em que as parcelas pagas pelos produtores ficam próximas à conta de energia elétrica na rede convencional.
Na ponta do investidor, as cotas partem de R$ 2 mil, com rentabilidade pré-fixada, a depender do montante do empréstimo e das garantias, com vencimentos de até cinco anos. Para pessoas físicas há ainda a vantagem da isenção de Imposto de Renda sobre os ganhos. “Com a parceria, poderemos ampliar a conexão entre investidores e produtores rurais que são responsáveis de forma socioambiental”, afirma Bruna. O próximo passo será um aplicativo da Ativa com acesso aos produtos da Campo Capital.