Isso ocorreria como resultado de um crescimento mais lento da produção de carnes, melhoria contínua nas práticas agrícolas e, mais importante, “adoção generalizada de uma taxa de baixo teor de farelo de soja nas fórmulas de ração em todo o país”.
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Esse cenário tende a afetar de forma “profunda” participantes do mercado, especialmente o Brasil, maior produtor e exportador global de soja.
“Embora a China continue sendo o maior importador, o crescimento adicional se deslocará da China para outras regiões e será impulsionado principalmente pelas economias emergentes do Oriente Médio, Sudeste Asiático e Sul da Ásia. Os comerciantes precisarão realinhar seus negócios para novos mercados…”, disse analista sênior de grãos e oleaginosas do Rabobank, Lief Chiang.
Ele lembrou que, impulsionados pela demanda por biocombustíveis, o Brasil e os Estados Unidos estão expandindo a capacidade de processamento de soja, elevando a oferta de óleo para a produção de biodiesel, assim como farelo de soja para a exportação e consumo interno.
Segundo o Rabobank, o menor uso de farelo de soja aumenta as oportunidades para outros ingredientes de ração.
“Em um cenário de baixa inclusão de farelo de soja, o uso extra de aminoácidos será necessário para atender às necessidades nutricionais dos animais”, disse Chenjun Pan, analista sênior de proteína animal do Rabobank
Além disso, há uma série de startups focadas em novas fontes de proteína alimentar, como proteínas de insetos e microbianas.
No entanto, como a maioria deles ainda está em fase de desenvolvimento, há grande incerteza sobre o cronograma para atingir a viabilidade comercial na China, acrescentou.