A última projeção foi divulgada antes do início das avaliações de campo feitas pelos técnicos da consultoria durante expedição Rally da Safra. Até o momento, 11 equipes já avaliaram as lavouras de quatro Estados produtores (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná), e indicaram bons resultados.
O volume estimado está 18,4% acima da temporada 21/22, “reforçando a perspectiva de uma grande safra”.
Em Mato Grosso, a produtividade, antes estimada em 60 sacas por hectare, foi revista para 63,5 sacas por hectare (com o acréscimo de 2,8 milhões de toneladas na safra do Estado).
Já em Mato Grosso do Sul, a produtividade saiu de 59,5 para 62 sacas/hectare (mais 0,6 milhão de toneladas).
Em Minas Gerais e no MAPITO-BA (Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia), a elevação foi de 1,4 milhão de toneladas.
“Em geral, continua sendo uma safra bastante diferente da anterior, na qual, logo em janeiro, foi preciso fazer um corte de quase 10 milhões de toneladas na produção devido à falta de chuva no Sul do Brasil”, notou o coordenador do Rally da Safra, André Debastiani.
“Na maior parte das regiões, as lavouras tiveram bom desenvolvimento em cenário de clima favorável. Nossos técnicos detectaram maior peso de grãos e aumento no número de grãos por hectare.”
A estimativa de produtividade média para a safra brasileira passou de 59,2 para 58,8 sacas por hectare desde o início do Rally da Safra, uma variação mínima até aqui.
Rio Grande do Sul
Nas últimas semanas, a estiagem se agravou –justamente no momento em que, devido ao plantio mais tardio nesta temporada, 80% da área plantada se encontravam em período reprodutivo, crítico para os resultados.
A produtividade estimada caiu de 51,5 sacas por hectare (estimativa pré-Rally) para 38 sacas por hectare na lavoura gaúcha.
Caso prossiga a irregularidade do clima, sem as chuvas aguardadas esta semana, há a possibilidade de nova redução na produtividade, afirmou a Agroconsult.
Entre outros especialistas e produtores ouvidos pela Reuters, as projeções ainda são diversas em relação ao tamanho da quebra no Rio Grande do Sul, mas já há quem descarte uma produção nacional acima a 150 milhões de toneladas.