A TPB (The Production Board) é uma venture foundry e holding de investimentos, cujos patrocinadores incluem Alphabet (empresa controladora do Google), Black Rock, Koch Disruptive Technology e cujo fundador e CEO é David Friedberg, que veio do Google. Friedberg posteriormente fundou a entidade agrícola de “big data”, The Climate Corporation, que vendeu para a Monsanto por US$ 1,1 bilhão em 2013, tornando-a o primeiro “unicórnio” no espaço de tecnologia agrícola.
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Por exemplo, os agricultores no Brasil e nos Estados Unidos cultivam muitas das mesmas culturas, mas existem diferenças entre essas duas indústrias agrícolas. Os agricultores brasileiros tendem a ser mais jovens e geralmente desfrutam de margens de lucro mais altas porque possuem, em vez de arrendar, a maior parte das terras que cultivam (9% de terras arrendadas no Brasil contra 60% nos EUA). Historicamente, essa diferença de títulos de propriedade facilitou a adoção mais rápida do plantio direto, porque os benefícios totais dessa prática altamente sustentável levam vários anos e, portanto, são mais difíceis de justificar sob o típico acordo anual de arrendamento à vista nos EUA.
Os agricultores norte-americanos se beneficiam de um sistema de crédito agrícola muito bem desenvolvido e também do acesso ao seguro agrícola subscrito pelo governo. Os agricultores nos EUA também são atendidos por uma rede sofisticada de varejistas e cooperativas agrícolas que também fornecem consultores para orientá-los nas complexidades das decisões agrícolas modernas e no papel crescente do “big data” em suas operações. Esse não é um papel comumente desempenhado pelos varejistas na América do Sul como um todo, hoje.
À medida que a Lavoro se transforma em uma “superloja”, ela oferece não apenas insumos, como fertilizantes e defensivos agrícolas, mas também crédito, seguros, equipamentos e serviços digitais de última geração para apoiar práticas agrícolas altamente eficientes. Eles também planejam ajudar os agricultores a coletar dados para as métricas de sustentabilidade que estão sendo cada vez mais exigidas pelos participantes a jusante do sistema alimentar. Além disso, é possível monitorar as práticas de desmatamento e oferecer aos compradores de grãos as certificações de rastreabilidade.
* Steven Savage é colaborador da Forbes EUA, biólogo pela Universidade de Stanford e doutor em patologia vegetal pela Universidade da Califórnia, Davis. Está envolvido com tecnologias agrícolas há cerca de 40 anos. Desde 1996 é consultor. (traduzido por V.Ondei)